O Deus de Israel pediria um sacrifício humano ?
Por: Benyamin ben Avraham.
“E disse: Toma agora a teu filho, o
teu único filho a quem amas, e vai-te a terra de Moriá, e oferece-o ali em
holocausto sobre uma das montanhas que Eu te direi.” Gênesis 22:2
“Porque edificaram os altos de Baal,
para sacrificarem seus filhos no fogo ..., coisa que nunca lhes ordenei, e
jamais subiu a Mim tal pensamento.” (Jeremias 19:5.)
A ideia de que um ser humano possa morrer pelos pecados de outro ser
humano é estranha ao povo eleito, Israel. Assim sendo, faremos a
pergunta: Aceitaria o Elohim de Israel um sacrifício humano a
semelhança dos costumes pagãos ? Teria
Ele feito um pedido destes alguma vez e permitido que ele se consumasse ?
Um Juiz Justo que ensinou que cada um deve
morrer pelos seus próprios pecados, ( Deut. 24:16). "Os pais não
morrerão pelos filhos, nem os filhos pelos pais; cada um morrerá pelo
seu pecado." Ver também: Ezequiel 18:20), pediria Deus algo que
contrariasse Ele mesmo ? (Malaquias 3:6). Assim que quando toda aquela
geração que saiu do Egito pecou, foi ela mesma que pereceu no deserto,
porém seus filhos entraram na terra da promessa. A passagem da Torá é
bem clara, a expiação de sangue humano era efetuada em um único caso;
quando alguém matasse alguém deveria pagar com seu próprio sangue: (Deut.
35:33.) A perguntas que faria em quem acredita diferente é: Qual pai
ficaria tão feliz que alguém matasse seu filho, que como gratidão por
isso salvaria seus assassinos (o mundo) ? Que ensinamento é esse que
ensina as pessoas a acreditarem que um pai fica feliz quando alguém mata
seu filho ? Ao observarmos os dois versos acima, tão antagônicos e de
origem tão diferentes, que ao compararmos com as lições que cada um
deles nos traz,
poderemos alcançar um profundo conhecimento espiritual sobre um assunto
pouco compreendido e
"aparentemente contraditório". Se analisarmos pelo conceito judaico onde
a ideia
de um sacrifício humano é imediatamente associada a ideia de “adoradores
de
deuses”, fica ainda mais difícil de
aceitar. Para nós judeus, a única vez que observamos uma situação
digamos assim,
“parecida” com esta temporariamente foi quando Deus pede a Abraão que
sacrifique Isaak. Imaginem o espanto causado a Abrão. Não me atrevo
imaginar uma
décima parte do sofrimento deste pai e das perguntas que fazia a si
mesmo do
porque este pedido fora feito a ele, pois não fazia sentido, e não
encontrava,
por mais que tentasse, uma resposta satisfatória dentro do que sabia do
seu Elohim. Naturalmente
que muita coisa passou por sua mente enquanto
caminhava para a montanha. Abrão com sua fé sem igual sabia que caso
Yáhuh
deixasse que ele de fato consumasse o ato do sacrifício, tinha poder
para
devolver seu filho, fazendo-o reviver. Mas o que Abrão não sabia que o
que o fez
sofrer durante este trajeto foi por não conhecer um pouco mais do
caráter de
seu Deus. Talvez no fundo Abrão sabia que o Criador
jamais deixaria que ele fosse até o fim com aquilo. Não só porque Isaak
era
amado e o próprio Criador tinha planos para ele, mas porque sacrifício
humano é
uma coisa que o Elohim de Israel chamais tem prazer e não faz parte de
sua natureza
pedir isso. Ele diz: “Jamais subiu a Mim tal pensamento”. (Jeremias
19:5). Assim os cristãos diferentemente dos judeus aceitam a ideia de
sacrifício humano como resgate de pecado, ou seja: alguém morrer em
substituição de alguém, pois eles não estão tão profundamente achegados
ao conhecimento do caráter do Criador, como seu povo está. Este ensino
não só contraria os princípios fundamentais do judaísmo, mas tem sua
origem nos ensinos e cultos pagãos. Abraão bem podia desconfiar que
fosse um teste, e foi. E ele passou nele. O sacrifício do menino não
ocorreu, e agora Abraão conhecia
muito mais a fundo este a quem servia, um Deus coerente que jamais
pediria algo que não fizesse sentido. (Gên. 22:1-13). Parece que vejo Abrão dançando e dando pulinhos de alegria ...! Agora Abrão também subiu no
conceito
de Yáhuh, Deus, que recebe Dele o nome de Avraham pois tinha dado a maior demonstração de fé que alguém podia
dar,
Avraham foi escolhido para grandes bênçãos. Pois bem compare os dois
versos bíblicos
no cabeçalho: O Primeiro foi um teste e o segundo é uma declaração em
reprovação ao que os pagãos faziam, e onde Ele diz que este tipo de
sacrifício
nunca lhe veio a mente. Se nunca lhe veio a mente, (nem viria) por que
os
cristãos aceitam que no caso de Yeshua, (Na verdade se escrevia originalmente Yashua, assim como Judá, era Yahudá, e não Yehudá como fazem hoje, mas isto é outro assunto). Então por que Ele, Deus, mudaria de opinião ? Os que aceitam este conceito respeitando-se as
influência educativas, nunca absorveram de verdade o 'espírito de entendimento' da doutrina do Deus de Israel expressa nas Escrituras hebraicas. Leia com calma
todas estas passagens por favor: (Deut. 14:32; Êxodo 34:10; Jeremias 31:35-37;
Isaías 4:3; 26:2; Zacarias 8:23; Salmos
89:33-36.)
Há duas
situações apenas em que vida humana é aceita como pagamento ou para aplacar Sua
ira. A primeira é quando é exigido a vida do que tirou a vida de outro. ( Gên.
9:6 / Deut. 19:21). A segunda é no caso
de castigo por desobediência e condenação por Yáhuh o Elohim de Israel, que
ocorre direta ou indiretamente: ( Núm. 25:11; ll Samuel 6:7 ). Temos diversos
relatos em toda Tanah, (Bíblia), inclusive um onde Yáhuh condena uma geração
inteira: (Deut. 1:35 ), deixando apenas que seus filhos herdem a terra
prometida. Nestes dois casos e somente nestes dois casos, há expiação pela
culpa. Mas note que nestes casos a expiação é a do próprio pecador que pecou, e não é transferível. Fora destes
dois casos, a aceitação de resgate ou pagamento feito por uma vida humana. Mas no
caso de Yeshua é diferente, você me dirá.
Pois bem, então me prove...! Eu sei que para os cristãos o sacrifício de
Yeshua (Jesus), é a base o portão de entrada para que um gentio supostamente entre no pacto de
Avraham, pois
agora este novo pacto transformado em “pacto da graça”, onde a lei não
tem
mais autoridade e lhes abre as portas para torna-los : “O Israel
espiritual”.
Através deste 'novo pacto' eles passam (os cristãos), e acham que tem um
status de igualdade ou melhor:
de superioridade até que os faz não ser mais considerados gentios. E mais ainda: os
torna "superiores" aos judeus que na opinião deles rejeitaram o pacto oferecido por Elohim, citações desta tentativa em: (Gálatas
4:1-11/ João 1:11). Não há nenhuma base nos profetas para nenhum destes
conceitos, eles estão baseados apenas nas Escrituras gregas, nenhum profeta do Antigo testamento citou base para este ensino. Deus não muda as coisas assim, conforme lemos. (O Novo Testamento cuja seleção para o "canon" em determinada altura da história
cristã fora feita pela igreja católica), portanto estes livros não fazem
parte dos livros sagrados do canon das Escrituras Hebraicas do povo do Deus de Israel por estarem fora do período estabeelecido para isso, e por contrariarem quase todas as leis antes dadas. O salmista relembra: "Por que se
amotinam os gentios, e os povos imaginam coisas vãos ?" "Ali haverá bom
caminho, ... será somente para Seu povo." (Salmos 2 e Isaías 35:8). Ele, Deus, só tem um povo como sempre teve, não pode haver dois povos dentro de um pacto com condições e regras estranhas aos originais estabelecidos pelos profetas antigos. Seriam regras e leis antagônicas sem base nem propósito, contrariando regras previamente estabelecidas que identificam qual é o povo. (Salmos 119:160 Salmos 89:34). Apenas em povo. Este conceito de que um único ser
humano poder 'remir toda a
humanidade' em um único ato (a morte na cruz), está fortemente impregnado no ensinamento
cristão a tal ponto que não há espaço para sequer imaginarem diferente.
Através
deste “sacrifício humano e divino” ao
mesmo tempo, (porque ele era considerado um “deus que morreu”) , todos
os seus
pecados são perdoados e quem o aceita é transformado imediatamente em:
“Nova criatura”, (ll Coríntios 5:17 ) pois Yeshua morreu pelos
pecados deles, e assim pagou a dívida natural que todos os mortais tem
desde
Adão, (Romanos 5:8 / 5:12-18 ). E como o
salário do pecado é a morte e este salário foi “pago por ele..." - . O
salário que a morte pede foi pago. Pela lógica então todos os
cristãos não
deveriam mais morrer. Com o pagamento a dívida deveria ser anulada, não podendo haver mais morte. Todavia, na prática a morte
continuou cobrando seu
quinhão mesmo para os cristão que afirmam ser “redimidos”. E o que isso
quer dizer ? Que infelizmente
o salário não foi pago pois a dívida ainda continua sendo cobrada visto termos muitos cemitérios. Tudo isto parece muito confuso mas se
entendermos como funcionam as profecias bíblicas tudo se esclarece, pois
Yáhuh o Elohim de Israel não é um Elohim de confusão, (Salmos 119:152 ) diz: "Acerca dos teus testemunhos soube desde sempre, que os os fundastes para serem eternos.")
Os primeiros escritores dos livros do N. T. fizeram tudo parecer
perfeito e modificável, alterável através de novas leis que podessem ser
introduzidas agora por uma "nova autoridade", suplantando a velha e
"decadente", para agradar gregos e romanos e assim 'desjudaizar' o
judaísmo gradativamente. Porém, para Deus e Seu povo, isto é impensável !
(Isaías 59:21).
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Como você observou, as passagens do novo testamento não tem o
outro lado, ou seja: nada que
se
apresenta pelos cristãos encaixa como profecia para cumprimento na
pessoa
citada. Por que ? Porque mesmo que eu quisesse encontrar um único verso
no
Antigo Testamento (Tanah) para apoiar o ensino da remissão, de alguém
morrer por mim, simplesmente não o
acharia. [Isaías 9:6, e Isaías 53 está explicado no blog]. Ou seja, não
somente neste caso, mas todas as
doutrinas do Novo Testamento esbarram em algo fundamental para que seja
verdadeiro: A legalidade. O fato de Elohim não haver previsto pelos
profetas um "remidor da morte", apresentar este como tal o torna
ilegal, algo não esperado na constituição Sagrada, ( Deut. 4:2/ Deut.
5:32 ). Então a “legislação”
do N. T. é uma legislação própria, autônoma e independente, como
qualquer outra
religião, porém sem o aval das profecias , quem poderia dar
legalidade a ele, caso estivessem nos planos do Eterno.(Salmos 2:1 / ll
Crônicas 20:20). Exemplo: Se o N.T diz: “Veio para os
seus mas os seus não o receberam”, (João 1:11), então para dar fundamento, isto
também deveria estar escrito em algum lugar no A.T. , porém não está. Eles
escrevem que está em (Efésios 20:20), mas é só eles que dizem, não mostram nos
profetas, porque simplesmente lá não fala nada assim, para confirmar o que
Paulo escreve ali, ou seja: não é profecia pois a outra parte a dos profetas, ela não existe. Este é o primeiro problema do N.T.
O segundo
problema, é que o
sacrifício escolhido (N.T), não é um que se oferecia sobre o altar do Templo
Sagrado, ou seja: Não pertence a nenhuma espécie reconhecida e autorizada que
era usado para Isso, (Lev. 1:2). Também não tinha a idade certa para ser sacrificado: (Êxodo 12:5;
Lev. 9:3; Lev. 23:12). Ele tinha 33 anos. Todo holocausto ou sacrifício tinha
que ser degolado, (Lev. 4:15) e não pregado. Ele foi retirado do madeiro e
enterrado, algo impensável a um sacrifício perfeito, ( João 19:38-42). Parte do
seu sangue não foi espargido a base do altar, (Lev. 4:18 ). Só um altar podia ser usado para sacrifício: o altar que estava no lugar certo na entrada do Beit Hamikdash,
(Templo Sagrado), ( Lev. 4:14-18 ). Seu corpo não foi queimado como manda a
Lei, mas foi torturado até a morte em um madeiro, enquanto que um sacrifício
era morto praticamente sem dor e não podia sofrer maus tratos. (Lev. 4:21/ Lucas
23:33 ). Nenhuma regra verdadeiramente aceita pelo Criador poderia ser cumprida
em relação aos rituais do sacrifício Sagrado, porque justamente o sacrifício de
um corpo humano está previsto como aceitável, pelo contrário. Mas agora
observe um outro detalhe apregoado pelos cristãos relativo a profecia: Observe a parte da “ovelha
muda”: “Jesus, porém, tornando a dar um grande grito, entregou o
espírito”. (Morreu). Mateus 27:50. Ele não poderia ter feito isso, como: 'ovelha
muda'. Os cristãos apresentam um homem como o sacrifício pascal, mas sacrifício
pascal lembra a libertação do Egito, e não purificação de pecados, sacrifício
de purificação de pecado é feito no Yom Kipur (dia do Perdão), e não na páscoa:
(Lev. 16:29-34 / Marcos
14:12-17 / Mateus 26:1-19). Portanto
se ele tinha morrido por toda humanidade e fazia expiação por ela (no
caso que
isso fosse possível), deveria sua morte ocorrer no Yom Kipur e não na
páscoa.
Como sabemos os sacrifícios para o Sagrado sempre foram dos animais de
espécie
previamente escolhida pelo próprio Elohim de Israel. O Salmista David
diz:
“Então te agradarás de sacrifícios de justiça, dos holocaustos e das
ofertas
queimadas; então se oferecerão novilhos sobre o teu altar.” Salmos
51:19. Outro fator importante neste assunto é que a remissão feita por
holocausto ou sacrifício, nunca abrangeu toda a humanidade, ela sempre
foi direcionada a Nação que mantinha o Templo, ou seja: Israel. Leia e confirme esta verdade: Esdras 6:16-18.
Os cristãos fazem confusão entre remissão da Nação (ou das pessoas) com
a futura implantação da era messiânica, com a restauração global,
(Isaías 11; Salmos 72, etc). Então, mesmo que o sacrifício de um homem
pudesse ser aceito, (falando hipoteticamente), ele não remiria toda a
humanidade, mas somente a Nação de Israel (Veja: Mateus 15:24), e apenas
na determinada geração presente. Ou seja: Se pudesse ser perguntado (ressuscitado), nem
Yeshua concordaria com o raciocínio equivocado dos cristãos da época e da atualidade. As nações gentílicas não estão dentro do pacto de Avraham, e
portanto não poderiam ser remidas por sacrifício no Templo de Jerusalém
ou por qualquer outro sacrifício. Os gentios tinham (e tem até hoje), que entrar
neste pacto individualmente através da conversão ao judaísmo para poder
fazer parte da Nação de Israel, (Isaías 56:5 e 6).
Conclusão: Sacrifício humano não pertence as regras do altar que havia do povo judeu, e a remissão por sacrifício estava (e estará no futuro: Jeremias 33:14-18), direcionada a uma única Nação, mas através dela, aí sim com o tempo beneficiar a humanidade inteira conforme diz a profecia: "Em ti serão benditas todas as nações da terra." (Gênesis 12:3). Que Yáhuh abençoe teu entendimento.
DIREITOS RESERVADOS DO AUTOR : benyaminC2011
ESTA É UMA POSTAGEM DO BLOG: JUDAÍSMO BÍBLICO E HOJE.
Conclusão: Sacrifício humano não pertence as regras do altar que havia do povo judeu, e a remissão por sacrifício estava (e estará no futuro: Jeremias 33:14-18), direcionada a uma única Nação, mas através dela, aí sim com o tempo beneficiar a humanidade inteira conforme diz a profecia: "Em ti serão benditas todas as nações da terra." (Gênesis 12:3). Que Yáhuh abençoe teu entendimento.
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