Judeus etíopes não ouviram falar de Torá Oral.

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Judeus etíopes. Testemunhas de uma só Torá, a Escrita.
Apresentação:  Benyamin ben Avraham.

É importante que você saiba:   Os judeus etíopes afirmam: "Nós somos testemunhas de uma única Torá, a escrita. Não sabemos nem nunca ouvimos falar de outra". Os judeus etíopes estavam separados por 2000 anos das outras duas tribos, pois haviam fugido e (pertenciam as outras tribos das 10) e foram localizados na era moderna e provaram ser judeus legítimos. Perguntados pelos judeus "brancos" que os encontraram sobre suas leis religiosas, afirmaram serem seguidores da Torá, de seguirem o Elohim de Israel, etc.  Quando indagados sobre como praticavam as "leis orais" do Talmud, respoderam que nem sequer sabiam o que era isso, pois jamais alguém lhes tinha falado sobre isso.  Mais informações pesquisar em : Operação Êxodus, Operção Moisés, e operação Salomão, que levaram milhares de judeus etíopes para Israel em tempo record.  Outra coisa que judeu etíope nunca usou antes de ter contato com os outros judeus (fariseus) foi tefilin. Então a primeira coisa que os  judeus 'brancos' fizeram já dentro dos aviões antes mesmo de chegarem em Israel foi colocar tefilin em alguns, (só para a foto) para dar a impressão de que isto já era do conhecimento deles, e tentar passar a ideia d que isto já era prática deles. Hoje muitos deles se converteram ao judaísmo fariseu de maioria em Israel e "aceitam" os costumes e tradições que não conheciam  por pura gratidão, por tirá-los de um estado miserável, salvando-lhes a vida.  Na sua grande maioria porém,  diante da proposta de deixarem seu modo religioso antigo que não adotava: tefilin, mezuzá e os ensinos do Talmud pelo modo dos judeus fariseus de Israel, eles recusaram. Decidiram continuar com suas próprias sinagogas e seus ritos, como receberam de seus ancestrais, seguindo como judeus falachas. O fato é que daqui alguns anos vão dizer que os judeus etíopes sempre usaram tefilin, que conheciam as leis do Talmud, etc, como fizeram com a "lei oral", a pouco mais de 2000 anos. (Mishná e Guemará). Mas para os amantes da verdade, ou seja os judeus que estudam e verdade, aceitar isso é opcional. Pois quando se conhece um fato e sua origem verdadeira, tal prática pode ser aceita como costume e tradição, adotados de uma data em diante, mas não pode ser chamado de mitsvot (mandamentos). Estes fatos são do conhecimento de milhares de rabinos e estudiosos de judaísmo, e mesmo assim praticados por eles e seus alunos, dado que a prática de uma tradição não constitui pecado. Pode causar um certo 'desconforto' nos que conhecem ouvir dizer que : "foi O Eterno que mandou" quando nem no Tanah e nem mesmo no Talmud encontramos tal ordenança. Pelo contrário: O próprio talmud diz que devemos dar prioridade a Torá escrita em: (Talmud Avot 5:21). Então lembramos do aprendido antes que: Nossa religião foi adaptada, e todo os movimentos se adaptaram, inclusive os etíopes. 

 As dez tribos perdidas:  Judeus etíopes – Um verdadeiro tesouro histórico vivo !
           
 REGISTRO HISTÓRICO ENCONTRADO.
No século 9, havia um homem chamado Eldad ha-Dani, mercador e viajante judeu que ia e vinha entre as comunidades judaicas da Babilônia, Norte da África e Espanha. Deixou um registro de suas viagens, que constituem mais uma lenda que um fato, mas mesmo assim despertou o interesse das pessoas. Eldad dizia ser um mercador e erudito, originário de um país judeu independente situado a leste da África. Declarava categoricamente que seu país era o lar das Tribos Perdidas de Asher, Gad, Naftali e Dan, e que ele próprio era da Tribo de Dan. Seu nome, ha-Dani, significa da Tribo de Dan em hebraico.

Eldad menciona que em "Kush" da África Oriental, onde é hoje a Etiópia, viviam muitos descendentes da Tribo de Dan e de outras Tribos de Israel. (No livro de Números 12:1 fala de uma mulher desta terra que passou a ser esposa de Moisés).

É interessante notar que ainda hoje, viva lá um grupo judeu chamado Falashas da Etiópia. Sua pele é negra e chamam a si mesmos de "Beta Israel", que significa Casa de Israel, em hebraico. Eles vêm seguindo os preceitos da Torá desde os tempos antigos de maneira um tanto desprendida e bem simples. Os Falashas na Etiópia falam hebraico e guardam o Shabat. Tragicamente, muitos deles pereceram devido a uma recente insurreição na Etiópia, mas os remanescentes emigraram para Israel. Foram transportados em aviões fretados pelo governo de Israel em 1983 e 1991. (Aproximadamente 90% dos Beta Israel vivem hoje em Israel.)

Eldad ha-Dani menciona também o reino de Khazar, que era localizado entre o Mar Negro e o Mar Cáspio. Declara que numerosas tribos das Dez Tribos Perdidas de Israel viviam em Khazar. Por volta de 740, o rei e o povo de Khazar converteram-se todos ao judaísmo. Foi uma conversão nacional, e esta é uma história bem conhecida entre os judeus.

De acordo com Eldad, viviam em Khazar três das Dez tribos Perdidas de Israel. Eram: Reuven, Gad e metade de Menashe. Eles eram aproximadamente 300.000 pessoas do povo de Khazar. No século 9 da Era Comum, José, o rei de Khazar, escreveu: "(A capital de Khazar consiste de três cidades ) na segunda cidade vivem os israelitas, os descendentes de Ismael, Cristãos e o povo que fala outros idiomas." Assim, é perfeitamente possível que algumas das Dez tribos Perdidas de Israel tivessem vivido lá.


 Por um considerável tempo os judeus negros da Etiópia, conhecidos como falashas e que se auto-denominam Beta Israel mantiveram sua fé e identidade lutando contra a fome, a seca e as guerras tribais. Acredita-se que eles faziam parte  das dez tribos perdidas, seus ancestrais remontando ao rei Salomão e à rainha de Sheba (Sabá).

Em maio de 1991, os falashas protagonizaram um êxodo milagroso. Com a Etiópia envolvida em profunda e brutal guerra civil, 14.200 membros dessa comunidade foram transportados de avião para Jerusalém pelas Forças de Defesa de Israel. A operação durou 25 horas.

O herói que idealizou e organizou o incrível resgate foi o então embaixador de Israel na Etiópia, Asher Naim. A epopéia foi narrada no livro Saving the lost tribe, lançado este ano, no qual Naim relata com humor e conhecimento de causa a ação que se tornou conhecida como: Operação Salomão.

No outono de 1990, quando foi nomeado pelo governo israelense para o cargo de embaixador em Adis Abeba, sua identificação com os judeus etíopes foi imediata. Ele queria dar continuidade à chamada Operação Moisés, implantada em 1985 pelo serviço secreto israelense, o Mossad, em conjunto com a agência norte-americana CIA que, durante três anos, tentou tirar do país 14 mil falashas através do Sudão, levando-os de barco para Israel. O sucesso daquela operação foi relativo, pois na época, só oito mil pessoas conseguiram fugir; o restante adoeceu na viagem e muitos voltaram à Etiópia. Muitas famílias foram, assim, separadas.

A HISTÓRIA DOS FALASHAS

Em 1860, missionários britânicos que viajavam pela Etiópia foram os primeiros ocidentais a encontrar a tribo dos falashas, ficando surpresos ao ver as faces queimadas com traços semitas e que praticavam o judaísmo. Os membros dessa comunidade observavam o Shabat, mantinham rígidas leis rituais da forma como eram descritas na Torá.
Pouco tempo depois, o estudioso judeu Joseph Halevy decidiu conhecê-los pessoalmente. Seria possível que esses judeus fossem parte de uma das tribos de Israel, perdidas há muito, foragidas do Primeiro ou Segundo Templo? Halevy foi recebido com curiosidade e desconfiança pelos nativos, que lhe perguntavam: O senhor, judeu? Como pode ser judeu? O senhor é branco..! Mas quando Halevy mencionou em hebraico a palavra: Jerusalém, todos se convenceram. Um fato que causou surpresa a todos foi que ao se indagar a eles sobre o Talmud, eles nada souberam responder, pois nunca haviam ouvido falar dele.  Os falashas haviam sido separados de outros judeus por milhares de anos. Muitos deles jamais saíra de seu vilarejo. No entanto, todos acalentavam um grande sonho, vindo de gerações passadas: voltar para Jerusalém. Os judeus da Etiópia sofriam as mesmas discriminações que os demais, na diáspora.

No início de 1970, havia um grupo organizado dos Beta-Israel que queria emigrar para Israel, apesar de seus membros ainda não serem considerados judeus, não tendo, portanto, direito a fazer aliá. Uma centena de falashas já vivia em Israel, onde começou um movimento liderado por um iemenita judeu nascido na Etiópia, Ovadia de Tzahala, que fizera aliá em 1930 e que tinha parentes entre os falashas. Por isso, pressionava-os a emigrar para Israel.

Operação Salomão

Em 1990, enquanto as forças rebeldes avançavam contra o ditador etíope Mengistu Haile Mariam (o açougueiro de Adis), foi ficando claro que os falashas seriam exterminados, a não ser que conseguissem deixar o país. Asher Naim, excelente mediador, trabalhou em vários campos simultaneamente. Negociava com Mengistu, coordenava logística e estratégias com os militares israelenses e arrecadava doações, freneticamente, através de contatos nos Estados Unidos.

No dia 23 de maio de 1991, decidiu que havia chegado a hora de convocar a Força Aérea Israelense: a Operação Salomão devia começar imediatamente. O ditador Mengistu aceitara as condições, mediante pagamento em espécie e impondo segredo absoluto.Diante da embaixada israelense, milhares de falashas se acotovelavam, prontos para partir. Os primeiros aviões israelenses aterrissaram no aeroporto de Adis Abeba e uma equipe de comandantes muito bem preparados se posicionou para proteger a missão a qualquer custo.
No total, 14.200 emigrantes foram levados da cidade para o aeroporto Ben-Gurion, em Tel Aviv. Trinta e cinco aviões militares e civis fizeram 41 vôos. Em um dado momento, havia 28 aviões no ar. Um dos Jumbos, que normalmente poderia levar 500 passageiros, transportou de uma só vez 1.087 pessoas, num feito anotado no livro de recordes Guinness.
Para Asher Naim, o resgate dos judeus etíopes foi de importância vital. Ele queria libertar seus irmãos de um ditador tirano e assim assegurar a sobrevivência dessa tribo. Ajudando os falashas a voltar para Jerusalém, Naim chegou a um novo e profundo entendimento do verdadeiro significado de fé, de identidade e da luta para superar as adversidades. No seu livro, cita uma frase de Bernard Raskas: D’us não quer que façamos coisas extraordinárias. Ele quer que façamos coisas simples, de forma extraordinária...
Em Israel, a adaptação dos imigrantes tem sido bastante difícil. A maioria era muito jovem e sem cultura nenhuma, sofrendo rejeição por causa de sua cor. Vários programas de institutos americanos e judaicos têm desenvolvido projetos especiais de educação intensiva para as crianças, como por exemplo, a escola Beth Zipora, no sul de Israel. O programa foi implantado por Elie Wiesel e ministra cursos de inglês e computação. O sonho dos judeus etíopes é formar líderes, médicos, engenheiros e até generais. O governo israelense tem feito campanhas para angariar fundos para sua absorção e sobrevivência, a fim de não deixá-los voltar ao mesmo ciclo de empobrecimento, amargura e desespero de seu passado na África.

Nota:
Asher Naim, diplomata israelense, serviu como adido cultural no Japão e Estados Unidos e como embaixador na ONU, Finlândia, Coréia do Sul e Etiópia. Ele é o criador do Fundo de Bolsas de Estudos para Judeus Etíopes e arrecada verbas para que os membros desta comunidade possam ter uma educação de nível superior nas universidades israelenses.


                                    ESTA É UMA POSTAGEM DO BLOG JUDAÍSMO BÍBLICO E HOJE.


2 comentários:

  1. Salomão não era branco, e a Rainha Sheba da Etiópia também não. Descendente de Salomão com a Sheba gerou descendentes originais da cor de pele escura. " Eu sou morena, porém formosa, ó filhas de Jerusalém, como as tendas de Quedar, como as cortinas de Salomão.
    Não olheis para o eu ser morena, porque o sol resplandeceu sobre mim; os filhos de minha mãe indignaram-se contra mim, puseram-me por guarda das vinhas; a minha vinha, porém, não guardei."

    Cânticos 1:5,6

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    1. TEXTO BÍBLICO EM NÚMEROS 12.
      Olá. Consegui um tempinho pra te responder. Muito boa sua pergunta. Os judeus hoje estão bem misturados e tem judeu de toda cor. Mas nos tempos bíblicos os judeus realmente não eram tão claros, pois ainda não haviam recebido a influência europeia e de outras nações pela entrada dos convertidos. Mas havia sim uma distinção da cor mais forte dos etíopes (A Etiópia era chamada de Terra de Cush). Moshé já era casado com Tsipora, (medianita), morena sim, mas nem tanto. Quando ele decidiu tomar uma segunda esposa, uma cushita, Mirian e Aarão notaram a descendência dela por ter uma tonalidade mais escura que o demais. Fizeram comentários discriminativos, o que prova que a cor era mesmo bem forte. E seus descontentamentos eram infundados, mas provou que havia sim uma esposa 2. É só ler o texto original com atenção. Este grave pecado de discriminar pela cor teve como resposta a lepra na pele de Mirian. Por que na pele? Pra ensinar uma lição e deixar bem claro os motivos. Hoje pessoas que desconhecem o hebraico e nunca estudaram Tora, falam tolices ao afirmar que não havia segunda esposa, que era Tsipora mesmo. Lamentável que não estudem. Hoje os judeus falashas estão em Israel, e seguem com costumes e orações próprias que excluem os ensinos talmúdicos. Espero ter respondido sua pergunta. Abraço.

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