CARAÍTAS RESPONDEM Vídeos.

RESPONDENDO ATAQUES EM VÍDEOS.
Direito de resposta. Se todos tem direito de terem o 'seu Judaísmo' os karaítas também tem. Então antes de atacar alguém por pensar diferente, pense que este alguém teve motivo para crer assim, e saberá se defender.
 Lembre-se que Mishlê diz: "Não te apresses a litigar, para depois, ao fim, não saibas o que responder, podendo te colocar em apuros teu próximo."  (Provérbios 25:8).

Respostas a: (Dor Leon Attar - Meir Kalmus e Eliahu Asky. 

Defesa pela Torá e Tanah.

 "Não mentireis, nem usareis de falsidade contra o teu próximo." (Vayikrah 19:11). "... e o seu temor para comigo consiste  só em mandamentos de homens em que são instruídos." (Yeshayhu 29:13).   Aqui os karaítas entendem que qualquer mandamento fora da Torá e Tanah são mandamentos de homens.


   CRITICAR  É  FÁCIL.   "Uma confusão sem fim, são os caraítas..."  - Afirma sr. Eliahu.
Vamos dar uma resposta aos nossos irmãos também judeus (que não deviam estar fazendo isso), aos ataques em vídeos recentes. Isto não deveria ser feito pelas redes sociais, mas no privado; mas como agora uma resposta tem que ser dada... Vamos lá:
1) Os judeus caraítas e não talmudistas da Criméia, falashas e outros não precisam que alguém nos diga quem eles são. Eles sabem quem são.  Judeus pela prática pela Torá e reconhecidos como tal pelo Criador e por Israel. Eles existem e são reais, com reconhecimento do Estado de Israel. PORTANTO SÃO JUDEUS SIM, e não precisam do aval de outros "judeus" que negam isso, e gostariam que não. Portanto serão judeus quer concordem ou não. Por que será que isso tanto incomoda eles? Ortodoxos e ultra ortodoxos costumam não reconhecer outros judeus, dizendo que não são judeus, isso é normal. Quanto mais o que dirão dos Caraítas e outros não talmudistas... Não se importam com a opinião deles. Eles tem direito de acreditarem assim. Faz parte da liberdade de expressão.

2) A  TORÁ  PROIBE  MENTIR. (Lev.19:11).  É fácil denegrir a imagem dos outros com mentiras. Essa "eleição" que e vocês dizem que Anan participou e perdeu nunca ocorreu. Anan nunca ficaria revoltado com a comunidade, nem a dividiria com intrigas. Quem quisesse abandonar o Talmud que o seguisse, e foram muitos que o fizeram espontaneamente. Os judeus bíblicos sempre estiveram espalhas em grupos pequenos pelo mundo, durante e antes de Anan, porém não eram conhecidos nem havia registros 'formais' deles. Antes da aparição da Mishná e da Guemará a 2000 anos aproximadamente, só existiam judeus bíblicos (Caraítas e muitos outros). Não há registros históricos desta 'eleição' que causou divisão em parte alguma. Isto é uma mentira contada abertamente como se fosse verdade, e  vocês  acreditam mesmo sem ver prova alguma. (Shemot 23:1,2).

3) Os caraítas afirmam ainda: A "Lei oral" não tem apoio na Lei Escrita, portanto a 'Lei Oral'  foi inventada. Se a "Lei Oral" tivesse respaldo na Lei escrita esta teria falado dela pelo menos uma vez, mas em vez disso olha o que encontramos: "Palavra nenhuma houve, de tudo o que Moisés ordenara, que Josué não tivesse lido perante toda a congregação de Israel. (Josué 8:35). Ou seja: A Torá escrita enfatiza que tudo que pode ser chamado de 'lei' tem que estar escrito. Era somente a Lei Escrita que existia e era vontade do Eterno que assim continuasse depois: (Shemot 24:12). Vocês nunca apresentam o texto na Torá (escrita, única existente), que viabilizasse tal conceito mas como sempre fogem pela tangente. Apresentem o verso, queremos ler...!  As pessoas percebem que o carece de respaldo, e portanto não é verdade. Isto está incomodando vocês, por isso estão fazendo vídeos só agora. Em vez de atacar, seria melhor estudar. 

4) São só 30.000 ? Acho que são bem mais. Mas vamos lá... Vamos "fazer de conta" que sejam só 30.000. Veja o que o Tanah (que vocês só tem por causa dos judeus não talmudicos), diz com relação a quantia: "Porque ainda que teu povo ó Israel, seja como a areia do mar, só um resto dele se converterá, ..." (Yeshayahu 10:22) {Outros versos: 19:21-25}. Portanto O Criador nunca ligou pra quantia. "O Eterno não tomou prazer em vós, nem vos escolheu por serdes em maior número, pois éreis menos em número que todos os outros povos."(Devarim 7:7).

5) Pelo jeito sua "Torá Oral" não é muito eficiente, pois não foi capaz de dizer como fazer ou como conseguir a tinta dos tsitsiot a que você se refere no vídeo.
"Fala aos filhos de Israel e dize-lhes que nas suas gerações nos cantos do seu vestuário façam franjas, e nas franjas das bordas porão um cordão de azul." (Bamidbar 15:38) A totalidade dos judeus 'convencionais' que conheci nunca usaram este tsitsiot bíblico, que  caraítas e outros usam com fio techelet. Se não tem o fio azul, não é tsitsiot. É sabido que a tinta vem de  uma planta, e não de um molusco. A planta chama-se :'Índigo'. Muito comum nas épocas bíblicas a beira de córregos e riachos.
Portanto achar que os Caraítas não estão muito bem orientados, só porque eles não tem e não querem a sua "Torá Oral, é um equívoco de sua parte. (Devarim 32:4).

5) RESOLVE NOS CRITICAR por usarmos o computador para estudarmos as coisas sagradas no Shabat ? Embora não sejam todo que usem, acho que antes disso vocês deveriam deixar em casa os funcionários góis (não judeus), contratados para acender e apagar as luzes da Sinagoga no Shabat. O Mandamento é claro: "nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo nem a tua serva..." (Shemot 20:10). Se vocês afirmam que guardam o Shabat não deveriam permitir que seus funcionários trabalhassem no Shabat. Então não são os Caraítas que falam de um jeito e fazem de outro, e que interpretam de acordo com a conveniência, como você afirmou; porém são vocês que fazem isso o tempo todo e quase sempre usando o Talmud, até para justificar carregar a chave da casa, transformando-a num broche, como se isso fizesse diferença. Não há proibição de carregar a chave no Shabat. (Nem vamos falar em automóvel no Shabat...).

6) É VERDADE, ELES SEGUEM SÓ O QUE FOI ESCRITO.
    Sim, os judeus Caraítas (judeus bíblicos), seguem só o que foi escrito, sim, pois está escrito: "Não acrescentes a palavra que vos mando, nem diminuireis dela para que guardeis os mandamentos do Eterno vosso Deus, que eu vos mando." (Devarim 4:2). Aceitar o Talmud com volumes escritos enormes como livro em pé de igualdade com a Torá Escrita não é fazer acréscimos? Sim, é descumprir a ordem do Criador franca e abertamente. (Pra falar a verdade, tem muita gente aí dentro, e vocês sabem disso, que não acredita nisso, mas não fala nada).
  7) LIBERDADE  DE  INTERPRETAÇÃO
Como O Templo não está construído no seu lugar e não temos Urim e Tumim e nem Sumo Sacerdote para ser consultado, (Devarim 17:8), todos nós judeus na diáspora ou em Israel pertencemos a 'seitas judaicas'. Os judeus caraítas são educados e respeitam seus irmão também caraítas e oturos grupos como os falashas e judeus caraítas da Criméia que tem um entendimento interpretativo diferente de uma mesma passagem bíblica. Então o que fazem, quando falam sobre um assunto até a exaustão e não chegam a um acordo? Vamos duelar? Vamos tirar par ou ímpar? Vão dizer que 'ambos estão certos? Não, só pode haver um certo. Eles vão consultar outros sábios? Isso só 'engrossaria' o caldo, fazendo a discussão ficar mais acirrada. Então o que eles fazem...? Respeitam não a opinião do irmão, (porque não posso negar a minha), mas respeitam a pessoa dele, entendendo que ele não entendeu, e que chegará a ter entendimento mais adiante. Isto pode ser porque não leu, porque não estudou direito, ou porque o hebraico dele é 'fraquinho', ou pode ser ainda outros motivos. Isto não gera confusão, simplesmente porque sabem respeitar, esperando que O Eterno Criador lhe dê o entendimento, e muitas vezes esta clareza vem, e chegam juntos a um mesmo consenso, embora isso possa demorar. Muito pior é encontrar no Talmud rabinos com opiniões opostas e divergentes, e dizer que "ambos tem a palavra de D,us."  Como diz Provérbios 27:17 "Como o ferro com ferro se afia, assim o homem afia a percepção de seu amigo." Debates são benéficos as vezes, dentro do respeito e do temor ao Eterno. Os judeus Caraítas juntamente com outros grupos são coerentes e se defendem pelas Escrituras, sempre. Se orgulham disto. Temo prazer em estudar o Tanah, sem interpretações orais.


"Não te apresses a litigar, para depois ao fim, não souberes o que hás de responder, podendo te envergonhar teu próximo." (Mishlê 25:8) Outro: (Tehilim 31:18).

 
           Respostas baseadas nas Escrituras ao: Rab. Meir Kalmus.  Vídeo de 2014

Benyamin ben Avraham responde:

Quem são os judeus Caraítas? – Caraítas respondem.

Do hebraico: Caraim – ou bnei Micra = Seguidor das Escrituras.

(DE NOVO:) Provérbios (Mishlê) 25:8 “Não te apresses a litigar, para não acontecer que no final, não saibas o que fazer podendo teu próximo te envergonhar.”  2014 seis anos depois vamos responder...

Ele fala que a Torá escrita fala da Oral, mas não diz aonde.
“Eu vos dou a Torá e a Mitzváh”, nem tem citação no vídeo do ‘suposto passuk’, do verso, para se localizar. Sendo apenas uma fala, sem provas.  Porém, o passuk que ele se refere, e não citou e interpretou está em Êxodo 24:12.

Leiamos como realmente está escrito: “Então disse Yahuh a Moshé: Sobe a Mim ao monte, e fica lá, e dar-te-ei tábuas de pedra, a lei, e os mandamentos que tenho escrito, para os ensinar.” E o que foi que Moshé trazia nas mãos ao descer do Monte? Sim tudo isso. Os dez mandamentos. E apenas estes. Os mandamentos eram as leis. As leis eram os mandamentos. Observe que Ele salienta dizendo que está escrito. Não há espaço pra acreditar que nesta passagem da Torá se está falando de ‘Torá Oral’. Os dez mandamentos são a síntese de toda a Torá. O conjunto das leis estava resumido a dez ordens básicas, reunidos no decálogo. 
 MITZVÁH (no singular) ou Mitzvót, é um conjunto de todas as leis da Torá: São mandamentos, estatutos e leis. A palavra ‘leis’ como terceira qualificação da mitzvah se refere então invariavelmente a juízos. Todos são preceitos da Torá Escrita. Não há no significado desta palavra nenhuma indicação que seja ou se lhe atribua função de: ‘Torá Oral’. POR QUE ISSO ACONTECE? Porque ela é a única que existe como provarei. A Torá Escrita não fala nem uma única vez de Torá Oral ou leis orais.  
Pelo contrário, enfatiza a Torá Escrita como única norma existente. Existem três categorias de normas na Torá: Estatutos, mandamentos e Juízos. São palavras diferentes, mas mesmo assim podem ser consideradas ‘sinônimas’ no sentido legal, ou seja: que tem significado e atribuição semelhante. Em todas estas três categorias existem mitzvót, que podem ser diretas ou indiretas.

Todas as palavras que o Yahuh tem falado faremos. E Moshé escreveu todas s palavras que Yahuh lhe falara, e levantou pela manhã de madrugada e edificou um altar, ...” (Shemot). (Êxodo 24:3,4.)
Disse mais o Yahuh a Moshé: Escreve estas palavras, porque conforme ao teor destas palavras tenho feito concerto contigo e com Israel.” (Shemot 34:27).
 Se houvesse lei oral deveria estar escrito assim: “Conforme ao teor destas palavras escritas aqui, e conforme ao teor das outras palavras que não estão escritas aqui, tenho feito concerto contigo e com Israel.” Mas não está escrito assim. Está especificado onde estão as palavras, ou seja: (NO LIVRO ESCRITO). Seriam aquelas palavras, a base de todo conserto com Moshé e com Israel.
FALANDO AO REI DE ISRAEL - “Será também que, quando se sentar sobre o trono do seu reino, então escreverá para si uma cópia deste livro da Lei, da que está diante dos sacerdotes levitas. E o terá consigo, e nele lerá todos os dias da sua vida; para que aprenda a temer a Yahuh seu Deus, ...” (Devarim 17:18,19).
Assim vemos que o conceito de ‘Torá Oral’ é fictício, não existe de verdade. Foi criada na mente dos seguidores dos judeus, que nós Caraítas chamamos de ‘rabinitas’, porque seguem os rabinos nestes ensinos orais.  Quais são alguns destes ensinos ?  Primeiro ensino fictício: Acender velas no Shabat. Onde a Torá manda acender velas no Shabat? Acender fogo no Shabat está proibido: Exodo 35:3. Você transgride o Shabat se acende ou mantém fogo aceso em casa ou na Sinagoga.  
Segundo ensino – Faz parte de  folclore judaico fariseu: A Festa de Purim. Não há mandamento na Torá a este respeito, porque simplesmente foi um acontecimento posterior. HÁ ... mas é uma tradição e eu quero praticar...! eu posso? Sim, pode. Caraítas não são contra uma tradição, um costume ou folclore que não interfiram ou que não violem um mandamento da Torá; mas não estão obrigados a pratica-los se não quisermos. Uma tradição é uma tradição não é Mitzváh... Não é mandamento. Purim foi um decreto real, no livro de Ester, e se você que praticar os costumes de purim... por sua conta;  porém não é uma matzváh é uma tradição sem mandamento. (Existem mandamentos da Torá atrelados a uma tradição, porque a tradição existia quando os mandamentos foram dados... mas isto é assunto para outro vídeo).
 Terceiro ensino fictício:  A bênção da lavagem das mãos. Contida em todos os Sidurim rabinitas: ”Bendito Tu Eterno , Nosso D,us Rei do Universo, que nos santificastes com teus mandamentos e nos ordenastes lavar as mãos."      Onde está escrito isso?  Que: ‘Ele nos ordenou lavar as mãos’ ? Os sacerdotes no Templo tinham que lavar suas mãos, (Shemot 30:18,19). Nós sabemos que temos que lavar as mãos, mas não temos que mentir, dizendo que foi Yahuh que ordenou, porque ele não ordenou! Não para nós, mas para os sacerdotes, temos escrito.  Você sabe que tem que lavar, e Ele espera que você lave. Mas não minta, Ele não ordenou a você em parte alguma. E uma bênção não pode ser dita em cima de uma mentira.  E por que nele não ordenou??? Simplesmente porque Ele achou desnecessário. Ponto. Questões muito elementares não é preciso escrever. Somos seres inteligentes, feitos a Sua imagem e semelhança. Não precisa estar escrito. Se quer fazer uma prece pessoal de agradecimento, como faça...!  Então diga: “Bendito Tu Yahuh nosso Deus,  Rei do Universo, que criaste a água para nos purificar”. Baráh et a maim letahar.” Sim, porque Ele realmente  criou a água.   
                                                             אתה מבן
Quarto assunto  -  É falso.
FALSA ACUSAÇÃO: ‘’Caraítas não aceitam a Torá Oral porque não querem cumprir nada. Usa isso como desculpa para não cumprir nada, falou tal rabino. Ele dusse: "Como não sabem como interpretar então cada um interpreta como quer.”  Como pode falar algo assim... ? Quem em sã consciência faria uma coisa destas? Aceitar a Torá pra depois rejeitá-la? Se os caraítas rejeitam as leis orais são exatamente porque elas os impede de praticar a Torá Escrita como se deve; e não o contrário. Eles querem cumprir só o que está escrito justamente para facilitar o seu cumprimento como se deve, e não encontrar contradições de uma “lei oral” que não se fundamenta. “Rabino tal diz tal coisa, mas rabino tal diz tal coisa, contrariando o ensino deste.”  Como vou entender então ??? Quem não quer cumprir nada não diz que segue Torá, diz que não segue Torá e pronto...! Agora é bem mais fácil dizer que, como “não sou rabino”, e não estudei Talmud, não tenho que praticar, pois o assunto é só para eruditos ... etc.  Então não preciso cumprir já que não entendo...!
   É verdade que não temos respostas para todas as perguntas, ninguém tem, nem Moshé tinha resposta para todas as perguntas, ele tinha que perguntar a Yahuh Elohim muitas vezes.  E por que ele perguntava para Yahuh se ele tinha a Toral Oral???  Respondam...!!!!   Os judeus Caraítas sabemos porquê. Simplesmente porque ‘Torá Oral’ não existia.
Diferenças de opinião: Não que os caraítas não saibam interpretar. A profecia de Daniel cap. 9 das 70 semanas é obra caraíta e é corretamente interpretado no sentido bíblico e histórico; logo, também profético. O que não se pode fazer é forçar todo mundo a aceitar o argumento, o mesmo ponto de vista em todos os assuntos, ou com relação a um determinado assunto ou verso da Torá, etc. Eles respeitam a interpretação divergente   em assuntos difíceis até que Mashiah venha e esclareça. Isto é perfeitamente normal. O judaísmo não tem dogmas como igrejas. Os rabinitas (da doutrina farisaica, maioria hoje, talmudistas), também não são coesos em todos os assuntos, eles também diferem de opinião em muitos assuntos, só que não manifestam, pra dar a impressão que eles são unanimes. Nada disso. Se assim fosse não haveria diversos grupos judaicos mundo a fora, com muitas diferenças. Os judeus não talmúdicos (muitos grupos),  não tem que se  preocupar com o que os demais judeus pensam deles, e  sim com o que o Eterno pede, a obediência a sua Lei Escrita. “Não se aparte da tua boca o livro desta Lei,  (Não da outra lei). para que tenhas cuidado de fazer tudo quanto nele está escrito.” (Josué 1:8).                                                                    טוב מאוד
Berishit bará Elohim... Como você sabe que isto é um Alef? Como podemos saber que isso é um Beit ? ou um guimel? Para saber escrever uma palavra hebraica corretamente precisamos da lei oral, afirma o autor do vídeo. (Falo sobre isto abaixo no relato do mestre e seu aluno.)
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NÃO CONFUNDIR ORALIDADE DA FALA HUMANA com oralidade de uma “suposta lei.’ A oralidade de fala faz parte de todas as línguas do mundo, não é possível que uma nação ou povo se desenvolva no conhecimento sem a oralidade, pois é por ela acontece a fala. Você confunde as pessoas, quando fala: “Como foi que o Eterno transmitiu a Torá pra Moshé? ...” “Oralmente, viram, entendem????” Você queria que o Eterno mandasse uma carta pra Moshé ? Eles duvidariam da autenticidade dela. Ou inventasse o telefone, ou talvez por fax???? Eles não estavam prontos para tanta tecnologia, não funcionaria. Ele poderia ter escrito pessoalmente a Torá e entregue a Moshé como fez com as Táboas, mas ele quis que Moshé escrevesse, transmitisse para que se escrevesse. Sim, a transmissão foi de oral para escrita. Está escrito que foi assim. Ele determina como quer as coisas e não podemos opinar na vontade Divina. Ele tentou falar pessoalmente no Monte, mas o que o povo de Israel disse? “Fale tu com Yahuh, e não fale Yahuh conosco para que não morramos!” Eles temeram a Sua Presença.   E VOCÊ QUER NOS CONVENCER que só por isso, temos prova da existência de uma Torá oral ?  Porque a forma de transmissão foi da lei oral a Moshe ??? Ora francamente...!    Até o termino da Torá é claro que Moshé  recebeu oralmente toda a instrução, mas assim que a Escrita estava pronta, não só o próprio Moshé mas todo o Israel tinham seu código de normas e leis acabado, e seria este o que seguiriam, este apenas este o que seguiriam. Está escrito: “Nenhuma palavra houve, de tudo o que Moshé ordenara, que Josué não lesse perante toda a congregação de Israel,...” (Josué 8:35). Ele leu a Torá na sua plenitude, a única que havia e haveria de existir. Não há menção de leis orais, ou de estatuto fora do escrito, nada. Tudo foi LIDO. E SE FOI LIDO TUDO FOI PORQUE estava escrito. AQUI SERIA O MOMENTO PARA FALAR DE UMA ‘TORÁ QUE NÃO ESTIVESSE ESCRITO’, SE FOSSE O CASO. Mas isto não aconteceu...!!!
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   ה ל ב
COMO SEI SE É CHELEV = Sebo  OU CHALAV  = Leite ?   “Se não tenho os sinais e o ensino oral não posso saber.”   Eles afirmam.      Isto não é uma questão de interpretação da lei oral, é uma questão de gramática da língua, ou seja: É uma questão de cultura. De ir a escola pra aprender. São palavra homônimas, que se escrevem identicamente, porém seu significado vai depender do seu lugar dentro da frase. Depende da frase onde a palavra está inserida. Temos muitas palavras em Ivrit homônimas, e também em outros idiomas, todos os idiomas tem palavras homônimas.
UM CONTO ANTIGO
Relato do discípulo e seu Mestre:  Certa feita, a muitos anos atrás, um grego que fazia o curso de conversão ao judaísmo, ao ouvir de seu mestre que lhe dizia: 'Isto é um alef', isto é um 'beit', isto é um gui'mel'... ensinando-lhe as letras hebraicas. Ao que o aluno retruca: "Como sabemos que isto é um alef  ? ou que é um guimel ...? Como podemos ter certeza disto" ? O mestre professor pensou um pouco e dirigindo-se ao aluno deu-lhe um forte puxão de orelhas. Ao que o aluno reagiu energicamente esfregando a orelha com a palma da mão expressando indignação e dor exclamou: "Ai minha orelha...! por que fez isso? O rabino respondeu: - "Quem disse que isto é sua orelha"? - Ao que o aluno retruca: "Ora, todo mundo sabe que isto é uma orelha..." ! - Então o mestre respondeu: "Sim, igualmente todo mundo sabe que isto é um alef, isto é beit e isto é um guimel, ..."  Resumindo: Não precisamos de 'leis orais' suplementares para entender o básico e o elementar.

VOU  DAR  OUTRO  EXEMPLO:  A vaca (Pa ra – פרה) Ordenhar uma vaca holandesa dá trabalho, pois produz muito leite. Muito Chalav.  ( NÃO PODERIA SER: Que produz muita Sebo, gordura).
Outra palavra em português que poderia usar seria: ‘Pena’. Tem pena, pluma de ave, tem pena de penalidade, tem pena de piedade.
Então mesmo sem os sinais massoréticos na palavra é fácil saber como se pronuncia. Não precisamos de nenhuma tradição oral para isso.  Pra que usar jogo de palavras pra confundir...???
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É FALSO  -  CARAITAS  SÃO  CONTRA  A  TRADIÇÃO: Isto não é verdade. Caraitas sabem que todo povo tem seus costumes e tradições atrelada a geografia de seu país e sua cultura. Os judeus caraítas da Criméia tem tradições e costumes de vestimenta e alimentação bem diferentes dos demais caraítas de outras partes, e nem por isso eles são menos judeus, são menos caraítas. O seu jeito de vestir é diferente mas está dentro dos padrões de decência e sua comida obedece os patrões  kasher estabelecidos pela Torá, mesmo tendo uma culinária muito variada e diferente dos demais judeus, e portanto não há nada de mal nisso, de serem diferentes. Não confundir tradição de costumes de vestimenta e comida e outras coisas com:” tradição oral”. Não confundir o ensino Oral shebealpê que vocês aceitaram, com oralidade universal da fala humana, algo sempre existiu. ORALIDADE NÃO É ESCLISIVIDADE JUDAICA. 
Eles gostam de confundir os leigos, e dar a impressão de que falam bem. Os judeus não Talmudistas não são tontos. Não são só os caraítas que refutam, rejeitam o Talmud. Existem outros grupos. Inclusive muitos judeus rabinitas, se pudessem falar francamente, diriam que sequer acreditam em ‘Torá Oral’, mas ficam quietos para não criar caso, ou porque simplesmente nunca ninguém lhes apresentou o judaísmo  original sem Talmud.
 Um exemplo de não unanimidade entre os rabinitas: O encontro de Avraham com os três Anjos, registrado no Torá em Gênesis 18. Os Anjos vão tenda de Avraham, e Sarah prepara comida com Bassar e chalav. Com carne e leite. E eles comem estes alimentos juntos. Muitos deles dizem que isto foi ‘uma visão’, não foi real, (eles não poderiam comer carne com leite), e outros concordam que realmente aconteceu, que foi um encontro real, porém houve um intervalo de horas entre o consumo entre ambos os produtos. É só ler pra ver que os Anjos foram breves, que Sarah teve que se apressar e pediu ajuda de um ajudante. Não houve intervalo.  Não está escrito que foi visão, então foi real.  Isto é só um exemplo, tem dezenas de outros exemplos que não vou citar. Tudo poque os judeus fariseus não querem admitir que caraítas estão certos, ao entenderem que não há proibição de consumo de carne e leite. E assim temos neste grupo muitos rabinos também. É mais cômodo ficar quieto. Mas este é um assunto pra um próximo vídeo.
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                            PROIBIÇÕES DO SHABAT.... 39 PROIBIÇÕES.
Além do trabalho, existe muitas coisas proibidas no shabat, e uma delas é acender fogo. (Exodo) 35:3. “ Não acendereis fogo em nenhuma de vossas moradas no Shabat.”
  COMO EU SEI O QUE É UM TRABALHO ‘PROIBIDO NO SHABAT’, SE NÃO TENHO A “LEI ORAL” ???
   Primeiro que para saber o que é proibido fazer no Shabat eu não preciso de lei oral, mas da Lei escrita, lá estão em letras bem claras: “NÃO FAREIS NENHUM TRABALHO.” Será que algum humano normal sobre a face da Terra teria dificuldade de saber o que é trabalho? Existem classes de trabalho que englobam todas as tarefas consideradas trabalho e suas derivações: Ensinar (engloba orientar), limpar, guardar (empilhar), consertar, Costurar, cozinhar, abater, acender fogo, pintar, escrever, Cavar, Plantar, Colher, afiar, modelar (engloba manipular objetos diversos de fiação e fundição), regar, Secar (engloba aquecer), construir: (engloba todo tipo de coisa ou massa), destruir, distribuir, dirigir (engloba: Pilotar), e clinicar (engloba operar). A palavra: ‘Construir’ que tem o antônimo: Destruir, já com estas duas palavras englobamos todas as outras tarefas que são trabalho, seja: construtivo ou destrutivo. Portanto são 22 categorias de trabalho, que abrangem todos os trabalhos possíveis. E o fogo está caracterizado no trabalho: Destrutivo, por que? Porque consume modificando. O Fogo está proibido no Shabat porque modifica a forma do objeto ou do liquido que consume. É um trabalho de característica destrutiva. O fogo só foi permitido no Shabat com uma ordem especial para ser mantido, e esta ordem foi dada pelo Criador, porque ele era necessário ao candelabro e no oferecimento dos sacrifícios no Templo. Assim que, não precisamos de “leis orais” para saber coisas elementares do que seja trabalho no shabat.  Yahuh Elohim deu a Torá escrita e sabedoria ao homem que o teme para saber isto. Usando a Torá escrita não temos necessidade de mais nenhuma orientação sobre como cumprir todas as mitzvot. 
            QUEM SÃO OS JUDEUS CARAÍTAS? Se você quer saber pergunte a nós que lhe responderemos.
Nós os judeus craítas espalhados por diversos países, somos os judeus de prática bíblica original, seja recebendo educação familiar judaico caraíta, ou abandonando os ensinamentos rabínicos e aceitando só o Tanah como Livro Sagrado, e aceitando o ensino original como o fazem os judeus caraítas e outros judeus não talmudicos.  E a maior prova são os judeus etíopes, que não tiveram contato com os judeus que criaram a mishná e guemará, (que mais tarde se chamaria: Talmud), e portanto quando foram contatados na era moderna afirmaram não saber de que se tratava ao ouvirem a palavra: Talmud. Na operação Êxodo e na operação Moisés. Milhares de judeus etíopes que voltaram pra Israel, ao serem interrogados afirmaram nunca terem recebido Torá Shebealpe, e as tais: “leis orais.”   
                      
ÚLTIMO ASSUNTO - Não nos interessa Tacanot (decretos rabínicos), nem Guesserot (Proibições rabínicas). Simplesmente não estamos interessados em conhecer nenhuma delas. POR QUE? Porque consideramos que são obsoletas . Consideramos que são: “Mandamentos de homens em que são instruídos”, Yeshayahu 29:13 deixa isso bem claro. Não precisamos de ‘decretos e proibições’ rabínicas, pois que tudo e muito mais que isso já nos fornece Nossa Torá em seu conteúdo escrito sagrado. Baruch Yahuh Leolam Vaed. Sim, escrita, a legítima e Única.  Termino citando Josué 1:8 “Não se aparte da tua boca o livro desta Lei, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito.”                                                             
Eu sou Benyamin ben Avraham, do blog judaísmo bíblico fundamentado.
Com as bênçãos de nossa Torá: Única e bendita; na proteção de Yahuh nosso Elohim, Único e Bendito.” Amén.  Shalom. 

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RESPONDENDO VÍDEO: 'Caraítas uma confusão sem fim'.
Rabino Eliahu Asky.

   São os judeus Caraítas que tem uma confusão sem fim...?
A  "lei oral" representada em dois Talmudim, um  de Jerusalém e outro de Babilônia e é sabido que ambos se contradizem entre si num mesmo assunto, e nós é que temos confusão sem fim?! Não me faça dar risadas. Nem preciso comentar os assuntos abordados por Eliahu, basta que vocês leitores leiam a matéria abaixo e saberão onde está a 'confusão sem fim'. "O simples significado do versículo é sempre verdadeiro." Talmud Shabat 63 a.  - Se nossos irmãos judeus fariseus rabinitas seguissem só esta parte do Talmud, acabava a confusão. Por que é isso que os Caraítas afirmam desde sempre. O sentido literal. O próprio Talmud chega a chamar a alegação de seguir as leis orais acima da Lei Escrita de: 'Ridícula.' Leia: (Talmud Avot 5:21.) Leiam a matéria abaixo e tirem suas conclusões.

Temos duas Torot, uma oral e outra escrita, dizem eles.  

{Apresentamos aqui o parecer dos Talmudistas:}

            O que é o Talmud?   

   Por Gil Student – http://talmud.faithweb.com

Os judeus acreditam que a Torá inteira (os Cinco Livros de Moshê) foi escrita por Moshê segundo ditada por D’us. Isso inclui todos os eventos nela registrados desde o tempo da Criação. Até o Devarim, que é escrito como o testemunho de Moshê, foi escrito por ordem expressa de D’us. D’us ditou o livro como se Moshê estivesse se dirigindo ao povo. [Baseado em R. Aryeh Kaplan, Handbook of Jewish Thought, vol. I, 7:22-24

Juntamente com o texto escrito da Torá, D’us deu a Moshê uma explicação oral. Portanto, podemos falar sobre duas Torot – a Torá Escrita e a Torá Oral. Elas complementam uma à outra e um verdadeiro entendimento de ambas revelará que são a mesma. Em muitos casos a Torá (escrita) refere-se a detalhes que não estão incluídos no texto, assim aludindo a uma tradição oral. Por exemplo, a Torá declara (Devarim 12:21): "Abaterás teu rebanho… como Eu te ordenei", implicando uma ordem oral sobre o abatimento ritual. Da mesma forma, tais mandamentos como Tefilin (Devarim 6:8) e Tsitsit (Bamidbar 15:38) são encontrados na Torá mas não são fornecidos detalhes e presume-se que estarão na Torá Oral. E também, embora guardar o Shabat seja um dos Dez Mandamentos, nenhum detalhe é fornecido sobre como deveria ser guardado, e estes estão também na tradição não escrita. D’us assim declarou (Yirmiyáhu 17:22) "Manterás o Shabat sagrado, assim como ordenei a teus antepassados." [Kaplan, 9:1-5]

A Torá Oral era para ser originalmente transmitida boca a boca. Foi passada de professor para aluno de tal maneira que se o estudante tivesse quaisquer dúvidas ele poderia perguntar e assim evitar ambigüidade. Um texto escrito no entanto, não importa o quanto seja perfeito, está sempre sujeito à má interpretações. Além disso a Torá Oral deveria cobrir a infinidade de casos em que poderiam surgir no decorrer do tempo. No entanto, ela não poderia jamais ter sido escrita por inteiro. D’us, portanto, entregou a Moshê um conjunto de leis que a Torá poderia aplicar a todo caso possível. [Kaplan, 9:8-9]

Duas páginas da Guemará:   (Não tem o mesmo valor da Lei Escrita).

Além de receber muitas explicações e detalhes das leis, Moshê recebeu também regras hermenêuticas para derivar leis da Torá Escrita e para interpretá-la. Em muitos casos, ele recebeu também as situações nas quais estas regras poderiam ser aplicadas. Leis e detalhes envolvendo ocorrências comuns do dia-a-dia foram transmitidos diretamente por Moshê. No entanto, as leis envolvendo casos especiais, não frequentes, foram dadas de maneira a serem deriváveis da escritura pelas leis hermenêuticas. Caso contrário, haveria o perigo de que elas fossem esquecidas. As verdadeiras leis que Moshê ensinou diretamente foram preservadas com cuidado e nunca se acha uma disputa sobre elas. No entanto, no caso das leis derivadas das regras hermenêuticas ou lógicas, disputas ocasionais podem ser encontradas. Os dois tipos de leis têm o mesmo status que as leis bíblicas e são consideradas de igual importância. Juntamente com as leis em si e as regras de derivação, D’us deu a Moshê muitas orientações sobre como e sob quais condições decretar aquelas leis. Esta é a fonte de permissão para promulgar leis rabínicas.

[Kaplan 9:20-25,29]

A Torá Oral foi transmitida de boca a boca de Moshê a Yehoshua, depois aos Anciãos, aos Profetas e aos homens da Grande Assembléia. A Grande Assembléia era liderada por Ezra no início do Segundo Templo e codificou grande parte da Torá Oral numa forma que pudesse ser memorizada pelos alunos. Esta codificação era conhecida como Mishná. Esta Mishná foi exigida para ser entregue palavra por palavra exatamente como tinha sido ensinada. [Kaplan, 9:31-33]

Durante as gerações que sucederam a Grande Assembléia, a Mishná foi expandida pela nova legislação e leis de casos. As controvérsias começaram a surgir, variações na Mishná dos vários mestres começaram a aparecer. Ao mesmo tempo, a ordem da Mishná foi melhorada, especialmente por Rabi Akiva. Para acabar com as disputas, Rabi Yudah, o Príncipe, redigiu uma edição definitiva da Mishná que é aquela que temos hoje. Esta foi terminada no ano 188 EC e publicada aproximadamente 30 anos depois. Dividiu a Torá sistematicamente em seis ordens e subdividiu estas ordens em tratados, com um total de 63 tratados entre as seis ordens. [Kaplan, 9:37, 39]

Ao compilar sua obra, R, Yudah fez uso da Mishná anterior, condensando-a e decidindo entre diversas questões controversas. Os Sábios de seu tempo todos participaram com suas decisões e ratificaram sua edição. No entanto, até as opiniões rejeitadas foram incluídas no texto para que fossem reconhecidas e não revividas nas gerações seguintes. [Kaplan 9:41]

Além da Mishná, outros volumes foram compilados pelos alunos de R. Yudah durante este período. Estes incluem o Tosefta que segue a ordem da Mishná, bem como o Midrashim Haláchico – o Mechilta, um comentário sobre Shemot, o Sifra sobre Vayicrá e o Sifri sobre Bamidbar e Devarim. Obras fora da escola de R. Yudah saíram com o nome de Baraita. [Kaplan 9:46-47]

Dessa vez, a prática foi para os alunos primeiro memorizarem os fundamentos da Torá Oral e então analisarem cuidadosamente seus estudos. Durante o período precedendo R. Yudah, as leis memorizadas se desenvolveram na Mishná, ao passo que a análise se desenvolveu numa segunda disciplina conhecida como Guemará. Depois que a Mishná foi compilada, estas discussões continuaram, tornando-se muito importantes para esclarecer a Mishná. A Guemara desenvolveu-se oralmente por cerca de trezentos anos depois da redação da Mishná. Finalmente, quando ficou em perigo de ser esquecida e perdida, Rav Ashi, na sua escola na Babilônia, incumbiu-se de coletar todas estas discussões e colocá-las em ordem. Foi completada no ano 505 EC. [Kaplan, 9:47-48]

Juntas, a Mishná e a Guemará são chamadas de Talmud. Ambas contêm regras legais e discussões para trás e para frente, dissecando e esclarecendo estas regras.

A comunidade em Israel compilou um Talmud no terceiro século, chamado o Talmud Jerusalém. O Talmud Babilônico foi compilado 200 anos depois e é universalmente aceito como autoritativo. Em questões de concordância, ambos os Talmuds são consultados. Quando se trata de uma disputa, o Talmud Babilônico tem precedência. Assim, o Talmud Babilônico é com frequência chamado simplesmente de Talmud.

Na Torá Oral há dois componentes – Halachá e Agadata. A Halachá constitui cerca de noventa por cento do Talmud e quase todo os Midrashim Haláchicos. A Agadata forma os outros dez por cento do Talmud – distribuída desigualmente entre seus tratados – e praticamente a totalidade das outras obras Midráshicas.

A Halachá é a mais fácil de definir das duas categorias. Consiste de definições, fontes e explicações das Leis da Torá. A Agadata, por outro lado, consiste do mundo das idéias judaicas. Basicamente lida com os princípios da fé, filosofia e idéias éticas do Judaísmo. Além disso, inclui todas aquelas interpretações dos versículos e histórias bíblicas que não estão relacionados com a Lei Judaica; exposições da importância das leis e as recompensas e punições que elas acarretam; histórias da vida dos justos; lições em aperfeiçoamento do caráter; e até, às vezes, algo que se parece com conselhos práticos sobre assuntos mundanos, como negócios e saúde.

Agadata, em contraste com a metodologia direta e lógica da Halachá, transmite seus ensinamentos através de meios menos diretos. A Agadata é muitas vezes intencionalmente obscura e daí sua mensagem – com freqüência uma das idéias mais básicas do Judaísmo – vem revestida naquilo que parece ser parábolas, enigmas, ou mesmo conselhos práticos sem conteúdo religioso aparente. Os textos escriturais geralmente são entendidos de modo exegético em vez de simplesmente, apesar do dito talmúdico de que o simples significado do versículo é sempre verdadeiro (Talmud Shabat 63a). [Baseado em R. Aharon Feldman, The Juggler and the king, págs. xxi-xxii]

Estudo em chavruta.

Resumindo, o Talmud é um complemento da Bíblia. Preenche as lacunas e explica as leis da Torá. Além disso, inclui histórias e ditos que tanto direta quanto alegoricamente oferecem a filosofia e sabedoria do Judaísmo. No entanto, o Talmud é um texto difícil de ler porque contém muitas discussões (que ocorreram durante centenas de anos) na forma de prova e refutação . As progressões lógicas se prestam a citações fora do contexto que representam uma presunção que pode ser derrubada em seguida.

O Talmud e a Torá.

O Judaísmo considera a Torá sua obra mais sagrada, Divina, e as leis bíblicas são consideradas mais importantes. O Judaísmo vê a Torá (os Cinco Livros de Moshê) como a palavra literal de D’us. Os Profetas (Yehoshua, Shemuel, Melachim, Yeshayáhu, Yirmiyáhu, Yechezkel e os Doze Profetas) são as palavras divinamente inspiradas dos profetas ao povo e as Sagradas Escrituras (Tehilim, Mishlê, Job, Shir Hashirim, Rut, Echá, Cohêlet, Esther, Daniel, Ezra e Divrê-Hayamim) são as palavras divinamente inspiradas dos profetas para serem inscritas. A Torá é o livro mais sagrado do Judaísmo e é tratada com respeito especial. O que se segue foi extraído do Kitzur Shulchan Aruch (Código resumido da Lei Judaica) nas leis sobre o tratamento a um Rolo de Torá.

Kitzur Shulchan Aruch 28:33

Uma pessoa é obrigada a tratar um Rolo de Torá com grande respeito e é louvável que se designe para ele um lugar especial e que este local seja respeitado e embelezado. Não se deve cuspir em frente a um Rolo de Torá e não se pode segurá-lo sem um tecido [entre o Rolo e as mãos nuas]. Aquele que presencia um Rolo de Torá sendo carregado deve se levantar até que o Rolo seja colocado em sua posição ou até que a pessoa não possa mais vê-lo.

Similarmente, tratamos o Chumash com tanto respeito que nenhum livro pode ser colocado em cima dele. Nem mesmo um Livro dos Profetas pode ser colocado em cima de uma Torá [Talmud Meguilá 27a].

Sob uma perspectiva legal, as leis bíblicas são mais importantes que as leis rabínicas.

Talmud Shabat 128b

Remover um utensílio de sua função preparada é uma proibição rabínica, causar dor a animais é uma proibição bíblica. A proibição bíblica supera a proibição rabínica.

Vemos o mesmo em Talmud Pessachim 9b, que somos mais severos com as leis bíblicas que com as leis rabínicas. No Talmud Pessachim 4b, Eiruvin 30, e Ketuvot 28b, o testemunho de crianças é visto como aceitável somente pelas leis rabínicas, mas não pelas leis bíblicas porque estas têm exigências mais severas. Em Talmud Berachot 21a vemos que quando em dúvida se um mandamento bíblico foi cumprido, a pessoa deve repeti-lo, mas se estiver em dúvida sobre o cumprimento de um mandamento rabínico, não há necessidade de repeti-lo. Uma ideia similar é repetida em Talmud Avodá Zará 7a – quando há duas opiniões sobre um mandamento bíblico seguimos a opinião mais severa, mas quando há duas opiniões sobre um mandamento rabínico seguimos a opinião mais leniente. 

TALMUD AVOT 5:21 :  "Qualquer pessoa que esteja familiarizada com o raciocínio talmúdico reconhece imediatamente o ridículo da alegação de que o Judaísmo considera o Talmud mais importante que o Tanah. Não apenas o Tanah (bíblia), é importante para os judeus, como o Talmud nos diz que somos obrigados a estudá-lo."  

Nota: {Note, ele chama de ridícula uma parte da alegação, do Talmud}. N.T Portanto, se fosse sagrada não poderia falar assim. Então, embora tenha algumas considerações sábias, seu conteúdo a se basear por esta fala, não tem caráter sagrado de igualdade com a Torá escrita. A Torá Escrita tem.  No Talmud não tem o tom sagrado de: "Assim diz o Senhor: ..."  Porque o Senhor não disse. Foi o rabino que disse.

Ele [R. Yehuda ben Teima] costumava dizer: Aos cinco anos nas Escrituras, aos dez anos na Mishná, aos treze anos nos Mandamentos, aos quinze anos na Guemará…

No entanto, o estudo da Bíblia pode começar aos cinco anos de idade, mas o Talmud nos diz que deve permanecer como uma grande parte de nossa rotina diária de estudo. 

Talmud Kidushin 30a

Um homem deve sempre dividir seus anos em três – um terço em Escrituras, um terço na Mishná e um terço no Talmud. Quem sabe quanto tempo ele viverá? Portanto seu dia deve ser dividido em três.

De fato, Talmud Berachot 8b nos diz que um judeu deve revisar uma porção da Torá duas vezes por semana, e novamente em tradução e terminar a Torá a cada ano. Diz também assim:

"Não há dúvida de que a Bíblia, como Lei Escrita, é o centro do Judaísmo, e que embora o Talmud possa conter discussões sobre a Lei Oral, a Bíblia tem precedência."

 Perguntamos ao autor do vídeo: Onde está a 'confusão sem fim' sr. Eliahu??? }




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