Defesa pela Torá e Tanah.
"Não mentireis, nem usareis de falsidade contra o teu próximo." (Vayikrah 19:11). "... e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens em que são instruídos." (Yeshayhu 29:13). Aqui os karaítas entendem que qualquer mandamento fora da Torá e Tanah são mandamentos de homens.
CRITICAR É FÁCIL. "Uma confusão sem fim, são os caraítas..." - Afirma sr. Eliahu.
Vamos dar uma resposta aos nossos irmãos também judeus (que não deviam estar fazendo isso), aos ataques em vídeos recentes. Isto não deveria ser feito pelas redes sociais, mas no privado; mas como agora uma resposta tem que ser dada... Vamos lá:
1) Os judeus caraítas e não talmudistas da Criméia, falashas e outros não precisam que alguém nos diga quem eles são. Eles sabem quem são. Judeus pela prática pela Torá e reconhecidos como tal pelo Criador e por Israel. Eles existem e são reais, com reconhecimento do Estado de Israel. PORTANTO SÃO JUDEUS SIM, e não precisam do aval de outros "judeus" que negam isso, e gostariam que não. Portanto serão judeus quer concordem ou não. Por que será que isso tanto incomoda eles? Ortodoxos e ultra ortodoxos costumam não reconhecer outros judeus, dizendo que não são judeus, isso é normal. Quanto mais o que dirão dos Caraítas e outros não talmudistas... Não se importam com a opinião deles. Eles tem direito de acreditarem assim. Faz parte da liberdade de expressão.
2) A TORÁ PROIBE MENTIR. (Lev.19:11). É fácil denegrir a imagem dos outros com mentiras. Essa "eleição" que e vocês dizem que Anan participou e perdeu nunca ocorreu. Anan nunca ficaria revoltado com a comunidade, nem a dividiria com intrigas. Quem quisesse abandonar o Talmud que o seguisse, e foram muitos que o fizeram espontaneamente. Os judeus bíblicos sempre estiveram espalhas em grupos pequenos pelo mundo, durante e antes de Anan, porém não eram conhecidos nem havia registros 'formais' deles. Antes da aparição da Mishná e da Guemará a 2000 anos aproximadamente, só existiam judeus bíblicos (Caraítas e muitos outros). Não há registros históricos desta 'eleição' que causou divisão em parte alguma. Isto é uma mentira contada abertamente como se fosse verdade, e vocês acreditam mesmo sem ver prova alguma. (Shemot 23:1,2).
3) Os caraítas afirmam ainda: A "Lei oral" não tem apoio na Lei Escrita, portanto a 'Lei Oral' foi inventada. Se a "Lei Oral" tivesse respaldo na Lei escrita esta teria falado dela pelo menos uma vez, mas em vez disso olha o que encontramos: "Palavra nenhuma houve, de tudo o que Moisés ordenara, que Josué não tivesse lido perante toda a congregação de Israel. (Josué 8:35). Ou seja: A Torá escrita enfatiza que tudo que pode ser chamado de 'lei' tem que estar escrito. Era somente a Lei Escrita que existia e era vontade do Eterno que assim continuasse depois: (Shemot 24:12). Vocês nunca apresentam o texto na Torá (escrita, única existente), que viabilizasse tal conceito mas como sempre fogem pela tangente. Apresentem o verso, queremos ler...! As pessoas percebem que o carece de respaldo, e portanto não é verdade. Isto está incomodando vocês, por isso estão fazendo vídeos só agora. Em vez de atacar, seria melhor estudar.
4) São só 30.000 ? Acho que são bem mais. Mas vamos lá... Vamos "fazer de conta" que sejam só 30.000. Veja o que o Tanah (que vocês só tem por causa dos judeus não talmudicos), diz com relação a quantia: "Porque ainda que teu povo ó Israel, seja como a areia do mar, só um resto dele se converterá, ..." (Yeshayahu 10:22) {Outros versos: 19:21-25}. Portanto O Criador nunca ligou pra quantia. "O Eterno não tomou prazer em vós, nem vos escolheu por serdes em maior número, pois éreis menos em número que todos os outros povos."(Devarim 7:7).
5) Pelo jeito sua "Torá Oral" não é muito eficiente, pois não foi capaz de dizer como fazer ou como conseguir a tinta dos tsitsiot a que você se refere no vídeo.
"Fala aos filhos de Israel e dize-lhes que nas suas gerações nos cantos do seu vestuário façam franjas, e nas franjas das bordas porão um cordão de azul." (Bamidbar 15:38) A totalidade dos judeus 'convencionais' que conheci nunca usaram este tsitsiot bíblico, que caraítas e outros usam com fio techelet. Se não tem o fio azul, não é tsitsiot. É sabido que a tinta vem de uma planta, e não de um molusco. A planta chama-se :'Índigo'. Muito comum nas épocas bíblicas a beira de córregos e riachos.
Portanto achar que os Caraítas não estão muito bem orientados, só porque eles não tem e não querem a sua "Torá Oral, é um equívoco de sua parte. (Devarim 32:4).
5) RESOLVE NOS CRITICAR por usarmos o computador para estudarmos as coisas sagradas no Shabat ? Embora não sejam todo que usem, acho que antes disso vocês deveriam deixar em casa os funcionários góis (não judeus), contratados para acender e apagar as luzes da Sinagoga no Shabat. O Mandamento é claro: "nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo nem a tua serva..." (Shemot 20:10). Se vocês afirmam que guardam o Shabat não deveriam permitir que seus funcionários trabalhassem no Shabat. Então não são os Caraítas que falam de um jeito e fazem de outro, e que interpretam de acordo com a conveniência, como você afirmou; porém são vocês que fazem isso o tempo todo e quase sempre usando o Talmud, até para justificar carregar a chave da casa, transformando-a num broche, como se isso fizesse diferença. Não há proibição de carregar a chave no Shabat. (Nem vamos falar em automóvel no Shabat...).
6) É VERDADE, ELES SEGUEM SÓ O QUE FOI ESCRITO.
Sim, os judeus Caraítas (judeus bíblicos), seguem só o que foi escrito, sim, pois está escrito: "Não acrescentes a palavra que vos mando, nem diminuireis dela para que guardeis os mandamentos do Eterno vosso Deus, que eu vos mando." (Devarim 4:2). Aceitar o Talmud com volumes escritos enormes como livro em pé de igualdade com a Torá Escrita não é fazer acréscimos? Sim, é descumprir a ordem do Criador franca e abertamente. (Pra falar a verdade, tem muita gente aí dentro, e vocês sabem disso, que não acredita nisso, mas não fala nada).
7) LIBERDADE DE INTERPRETAÇÃO
Como O Templo não está construído no seu lugar e não temos Urim e Tumim e nem Sumo Sacerdote para ser consultado, (Devarim 17:8), todos nós judeus na diáspora ou em Israel pertencemos a 'seitas judaicas'. Os judeus caraítas são educados e respeitam seus irmão também caraítas e oturos grupos como os falashas e judeus caraítas da Criméia que tem um entendimento interpretativo diferente de uma mesma passagem bíblica. Então o que fazem, quando falam sobre um assunto até a exaustão e não chegam a um acordo? Vamos duelar? Vamos tirar par ou ímpar? Vão dizer que 'ambos estão certos? Não, só pode haver um certo. Eles vão consultar outros sábios? Isso só 'engrossaria' o caldo, fazendo a discussão ficar mais acirrada. Então o que eles fazem...? Respeitam não a opinião do irmão, (porque não posso negar a minha), mas respeitam a pessoa dele, entendendo que ele não entendeu, e que chegará a ter entendimento mais adiante. Isto pode ser porque não leu, porque não estudou direito, ou porque o hebraico dele é 'fraquinho', ou pode ser ainda outros motivos. Isto não gera confusão, simplesmente porque sabem respeitar, esperando que O Eterno Criador lhe dê o entendimento, e muitas vezes esta clareza vem, e chegam juntos a um mesmo consenso, embora isso possa demorar. Muito pior é encontrar no Talmud rabinos com opiniões opostas e divergentes, e dizer que "ambos tem a palavra de D,us." Como diz Provérbios 27:17 "Como o ferro com ferro se afia, assim o homem afia a percepção de seu amigo." Debates são benéficos as vezes, dentro do respeito e do temor ao Eterno. Os judeus Caraítas juntamente com outros grupos são coerentes e se defendem pelas Escrituras, sempre. Se orgulham disto. Temo prazer em estudar o Tanah, sem interpretações orais.
"Não te apresses a litigar, para depois ao fim, não souberes o que hás de responder, podendo te envergonhar teu próximo." (Mishlê 25:8) Outro: (Tehilim 31:18).
Pelo contrário, enfatiza a Torá Escrita como única norma existente. Existem três categorias de normas na Torá: Estatutos, mandamentos e Juízos. São palavras diferentes, mas mesmo assim podem ser consideradas ‘sinônimas’ no sentido legal, ou seja: que tem significado e atribuição semelhante. Em todas estas três categorias existem mitzvót, que podem ser diretas ou indiretas.
אתה מבן
UM CONTO ANTIGO
Eles gostam de confundir os leigos, e dar a impressão de que falam bem. Os judeus não Talmudistas não são tontos. Não são só os caraítas que refutam, rejeitam o Talmud. Existem outros grupos. Inclusive muitos judeus rabinitas, se pudessem falar francamente, diriam que sequer acreditam em ‘Torá Oral’, mas ficam quietos para não criar caso, ou porque simplesmente nunca ninguém lhes apresentou o judaísmo original sem Talmud.
Temos duas Torot, uma oral e outra escrita, dizem eles.
{Apresentamos aqui o parecer dos Talmudistas:}
O que é o
Talmud?
Por Gil Student – http://talmud.faithweb.com
Os judeus acreditam que a Torá inteira (os Cinco Livros de Moshê) foi escrita por Moshê segundo ditada por D’us. Isso inclui todos os eventos nela registrados desde o tempo da Criação. Até o Devarim, que é escrito como o testemunho de Moshê, foi escrito por ordem expressa de D’us. D’us ditou o livro como se Moshê estivesse se dirigindo ao povo. [Baseado em R. Aryeh Kaplan, Handbook of Jewish Thought, vol. I, 7:22-24
Juntamente com o texto escrito da Torá, D’us deu a Moshê uma explicação oral. Portanto, podemos falar sobre duas Torot – a Torá Escrita e a Torá Oral. Elas complementam uma à outra e um verdadeiro entendimento de ambas revelará que são a mesma. Em muitos casos a Torá (escrita) refere-se a detalhes que não estão incluídos no texto, assim aludindo a uma tradição oral. Por exemplo, a Torá declara (Devarim 12:21): "Abaterás teu rebanho… como Eu te ordenei", implicando uma ordem oral sobre o abatimento ritual. Da mesma forma, tais mandamentos como Tefilin (Devarim 6:8) e Tsitsit (Bamidbar 15:38) são encontrados na Torá mas não são fornecidos detalhes e presume-se que estarão na Torá Oral. E também, embora guardar o Shabat seja um dos Dez Mandamentos, nenhum detalhe é fornecido sobre como deveria ser guardado, e estes estão também na tradição não escrita. D’us assim declarou (Yirmiyáhu 17:22) "Manterás o Shabat sagrado, assim como ordenei a teus antepassados." [Kaplan, 9:1-5]
A Torá Oral era para ser originalmente transmitida boca a
boca. Foi passada de professor para aluno de tal maneira que se o estudante
tivesse quaisquer dúvidas ele poderia perguntar e assim evitar ambigüidade. Um
texto escrito no entanto, não importa o quanto seja perfeito, está sempre
sujeito à má interpretações. Além disso a Torá Oral deveria cobrir a infinidade
de casos em que poderiam surgir no decorrer do tempo. No entanto, ela não poderia jamais ter
sido escrita por inteiro. D’us, portanto, entregou a Moshê um conjunto de leis
que a Torá poderia aplicar a todo caso possível. [Kaplan, 9:8-9]
Duas páginas da Guemará: (Não tem o mesmo valor da Lei Escrita).
Além de receber muitas explicações e detalhes das leis,
Moshê recebeu também regras hermenêuticas para derivar leis da Torá Escrita e
para interpretá-la. Em muitos casos, ele recebeu também as situações nas quais
estas regras poderiam ser aplicadas. Leis e detalhes envolvendo ocorrências
comuns do dia-a-dia foram transmitidos diretamente por Moshê. No entanto, as
leis envolvendo casos especiais, não frequentes, foram dadas de maneira a serem
deriváveis da escritura pelas leis hermenêuticas. Caso contrário, haveria o
perigo de que elas fossem esquecidas. As verdadeiras leis que Moshê ensinou
diretamente foram preservadas com cuidado e nunca se acha uma disputa sobre elas.
No entanto, no caso das leis derivadas das regras hermenêuticas ou lógicas,
disputas ocasionais podem ser encontradas. Os dois tipos de leis têm o mesmo
status que as leis bíblicas e são consideradas de igual importância. Juntamente
com as leis em si e as regras de derivação, D’us deu a Moshê muitas orientações
sobre como e sob quais condições decretar aquelas leis. Esta é a fonte de
permissão para promulgar leis rabínicas.
[Kaplan 9:20-25,29]
A Torá Oral foi transmitida de boca a boca de Moshê a Yehoshua,
depois aos Anciãos, aos Profetas e aos homens da Grande Assembléia. A Grande
Assembléia era liderada por Ezra no início do Segundo Templo e codificou grande
parte da Torá Oral numa forma que pudesse ser memorizada pelos alunos. Esta
codificação era conhecida como Mishná. Esta Mishná foi exigida para ser
entregue palavra por palavra exatamente como tinha sido ensinada. [Kaplan,
9:31-33]
Durante as gerações que sucederam a Grande Assembléia, a Mishná foi expandida pela nova legislação e leis de casos. As controvérsias começaram a surgir, variações na Mishná dos vários mestres começaram a aparecer. Ao mesmo tempo, a ordem da Mishná foi melhorada, especialmente por Rabi Akiva. Para acabar com as disputas, Rabi Yudah, o Príncipe, redigiu uma edição definitiva da Mishná que é aquela que temos hoje. Esta foi terminada no ano 188 EC e publicada aproximadamente 30 anos depois. Dividiu a Torá sistematicamente em seis ordens e subdividiu estas ordens em tratados, com um total de 63 tratados entre as seis ordens. [Kaplan, 9:37, 39]
Ao compilar sua obra, R, Yudah fez uso da Mishná anterior, condensando-a e decidindo entre diversas questões controversas. Os Sábios de seu tempo todos participaram com suas decisões e ratificaram sua edição. No entanto, até as opiniões rejeitadas foram incluídas no texto para que fossem reconhecidas e não revividas nas gerações seguintes. [Kaplan 9:41]
Além da Mishná, outros volumes foram compilados pelos alunos de R. Yudah durante este período. Estes incluem o Tosefta que segue a ordem da Mishná, bem como o Midrashim Haláchico – o Mechilta, um comentário sobre Shemot, o Sifra sobre Vayicrá e o Sifri sobre Bamidbar e Devarim. Obras fora da escola de R. Yudah saíram com o nome de Baraita. [Kaplan 9:46-47]
Dessa vez, a prática foi para os alunos primeiro memorizarem os fundamentos da Torá Oral e então analisarem cuidadosamente seus estudos. Durante o período precedendo R. Yudah, as leis memorizadas se desenvolveram na Mishná, ao passo que a análise se desenvolveu numa segunda disciplina conhecida como Guemará. Depois que a Mishná foi compilada, estas discussões continuaram, tornando-se muito importantes para esclarecer a Mishná. A Guemara desenvolveu-se oralmente por cerca de trezentos anos depois da redação da Mishná. Finalmente, quando ficou em perigo de ser esquecida e perdida, Rav Ashi, na sua escola na Babilônia, incumbiu-se de coletar todas estas discussões e colocá-las em ordem. Foi completada no ano 505 EC. [Kaplan, 9:47-48]
Juntas, a Mishná e a Guemará são chamadas de Talmud. Ambas
contêm regras legais e discussões para trás e para frente, dissecando e
esclarecendo estas regras.
A comunidade em Israel compilou um Talmud no terceiro século, chamado o Talmud Jerusalém. O Talmud Babilônico foi compilado 200 anos depois e é universalmente aceito como autoritativo. Em questões de concordância, ambos os Talmuds são consultados. Quando se trata de uma disputa, o Talmud Babilônico tem precedência. Assim, o Talmud Babilônico é com frequência chamado simplesmente de Talmud.
Na Torá Oral há dois componentes – Halachá e Agadata. A Halachá constitui cerca de noventa por cento do Talmud e quase todo os Midrashim Haláchicos. A Agadata forma os outros dez por cento do Talmud – distribuída desigualmente entre seus tratados – e praticamente a totalidade das outras obras Midráshicas.
A Halachá é a mais fácil de definir das duas categorias.
Consiste de definições, fontes e explicações das Leis da Torá. A Agadata, por
outro lado, consiste do mundo das idéias judaicas. Basicamente lida com os
princípios da fé, filosofia e idéias éticas do Judaísmo. Além disso, inclui
todas aquelas interpretações dos versículos e histórias bíblicas que não estão
relacionados com a Lei Judaica; exposições da importância das leis e as
recompensas e punições que elas acarretam; histórias da vida dos justos; lições
em aperfeiçoamento do caráter; e até, às vezes, algo que se parece com
conselhos práticos sobre assuntos mundanos, como negócios e saúde.
Agadata, em contraste com a metodologia direta e lógica da
Halachá, transmite seus ensinamentos através de meios menos diretos. A Agadata
é muitas vezes intencionalmente obscura e daí sua mensagem – com freqüência uma
das idéias mais básicas do Judaísmo – vem revestida naquilo que parece ser
parábolas, enigmas, ou mesmo conselhos práticos sem conteúdo religioso
aparente. Os textos escriturais geralmente são entendidos de modo exegético em
vez de simplesmente, apesar do dito talmúdico de que o simples significado do
versículo é sempre verdadeiro (Talmud Shabat 63a). [Baseado em R. Aharon
Feldman, The Juggler and the king, págs. xxi-xxii]
Estudo em chavruta.
Resumindo, o Talmud é um complemento da Bíblia. Preenche as lacunas e explica as leis da Torá. Além disso, inclui histórias e ditos que tanto direta quanto alegoricamente oferecem a filosofia e sabedoria do Judaísmo. No entanto, o Talmud é um texto difícil de ler porque contém muitas discussões (que ocorreram durante centenas de anos) na forma de prova e refutação . As progressões lógicas se prestam a citações fora do contexto que representam uma presunção que pode ser derrubada em seguida.
O Talmud e a Torá.
O Judaísmo considera a Torá sua obra mais sagrada, Divina, e as leis bíblicas são consideradas mais importantes. O Judaísmo vê a Torá (os Cinco Livros de Moshê) como a palavra literal de D’us. Os Profetas (Yehoshua, Shemuel, Melachim, Yeshayáhu, Yirmiyáhu, Yechezkel e os Doze Profetas) são as palavras divinamente inspiradas dos profetas ao povo e as Sagradas Escrituras (Tehilim, Mishlê, Job, Shir Hashirim, Rut, Echá, Cohêlet, Esther, Daniel, Ezra e Divrê-Hayamim) são as palavras divinamente inspiradas dos profetas para serem inscritas. A Torá é o livro mais sagrado do Judaísmo e é tratada com respeito especial. O que se segue foi extraído do Kitzur Shulchan Aruch (Código resumido da Lei Judaica) nas leis sobre o tratamento a um Rolo de Torá.
Kitzur Shulchan Aruch 28:33
Uma pessoa é obrigada a tratar um Rolo de Torá com grande respeito e é louvável que se designe para ele um lugar especial e que este local seja respeitado e embelezado. Não se deve cuspir em frente a um Rolo de Torá e não se pode segurá-lo sem um tecido [entre o Rolo e as mãos nuas]. Aquele que presencia um Rolo de Torá sendo carregado deve se levantar até que o Rolo seja colocado em sua posição ou até que a pessoa não possa mais vê-lo.
Similarmente, tratamos o Chumash com tanto respeito que nenhum livro pode ser colocado em cima dele. Nem mesmo um Livro dos Profetas pode ser colocado em cima de uma Torá [Talmud Meguilá 27a].
Sob uma perspectiva legal, as leis bíblicas são mais importantes que as leis rabínicas.
Talmud Shabat 128b
Remover um utensílio de sua função preparada é uma proibição rabínica, causar dor a animais é uma proibição bíblica. A proibição bíblica supera a proibição rabínica.
Vemos o mesmo em Talmud Pessachim 9b, que somos mais severos com as leis bíblicas que com as leis rabínicas. No Talmud Pessachim 4b, Eiruvin 30, e Ketuvot 28b, o testemunho de crianças é visto como aceitável somente pelas leis rabínicas, mas não pelas leis bíblicas porque estas têm exigências mais severas. Em Talmud Berachot 21a vemos que quando em dúvida se um mandamento bíblico foi cumprido, a pessoa deve repeti-lo, mas se estiver em dúvida sobre o cumprimento de um mandamento rabínico, não há necessidade de repeti-lo. Uma ideia similar é repetida em Talmud Avodá Zará 7a – quando há duas opiniões sobre um mandamento bíblico seguimos a opinião mais severa, mas quando há duas opiniões sobre um mandamento rabínico seguimos a opinião mais leniente.
TALMUD AVOT 5:21 : "Qualquer pessoa que esteja familiarizada com o raciocínio talmúdico reconhece imediatamente o ridículo da alegação de que o Judaísmo considera o Talmud mais importante que o Tanah. Não apenas o Tanah (bíblia), é importante para os judeus, como o Talmud nos diz que somos obrigados a estudá-lo."
Nota: {Note, ele chama de ridícula uma parte da alegação, do Talmud}. N.T Portanto, se fosse sagrada não poderia falar assim. Então, embora tenha algumas considerações sábias, seu conteúdo a se basear por esta fala, não tem caráter sagrado de igualdade com a Torá escrita. A Torá Escrita tem. No Talmud não tem o tom sagrado de: "Assim diz o Senhor: ..." Porque o Senhor não disse. Foi o rabino que disse.
Ele [R. Yehuda ben Teima] costumava dizer: Aos cinco anos
nas Escrituras, aos dez anos na Mishná, aos treze anos nos Mandamentos, aos
quinze anos na Guemará…
No entanto, o estudo da Bíblia pode começar aos cinco anos de idade, mas o Talmud nos diz que deve permanecer como uma grande parte de nossa rotina diária de estudo.
Talmud Kidushin 30a
Um homem deve sempre dividir seus anos em três – um terço em Escrituras, um terço na Mishná e um terço no Talmud. Quem sabe quanto tempo ele viverá? Portanto seu dia deve ser dividido em três.
De fato, Talmud Berachot 8b nos diz que um judeu deve
revisar uma porção da Torá duas vezes por semana, e novamente em tradução e
terminar a Torá a cada ano. Diz também assim:
"Não há dúvida de que a Bíblia, como Lei Escrita, é o centro
do Judaísmo, e que embora o Talmud possa conter discussões sobre a Lei Oral, a
Bíblia tem precedência."
Perguntamos ao autor do vídeo: Onde está a 'confusão sem fim' sr. Eliahu??? }
ESTA É UMA POSTAGEM DO BLOG: 'O JUDAÍSMO BÍBLICO E O JUDAÍSMO HOJE'.
Muito bom irmão louvabo seja YAH
ResponderExcluir