QUE TIPO DE ESTRANGEIRO GUARDARIA OS MANDAMENTOS ?

           QUE   TIPO  DE  ESTRANGEIRO  GUARDARIA  OS                                            MANDAMENTOS ?    
(ll Crônias 29:25). 


Por: Benyamin ben Avraham. 

 Apresentaremos os três tipos de estrangeiros identificados no Tanah: O estrangeiro convertido, o estrangeiro judeu (não escolhido para ofício),  e o estrangeiro gentio.

 
"E darás os teus dízimos ao levita, ao estrangeiro, ao orfão e a viúva para que comam dentro das tuas portas..." (Deut. 26:12 e 13).
Daria O Criador das coisas sagradas de Israel para estrangeiros não convertidos? Faria expiação por eles?  Leia: Números 15:25 e 26. "O Sacerdote fará expiação por toda a congregação dos filhos de Israel, e mais ao estrangeiro que peregrina no meio deles" (Verso 26) Este 'estrangeiro' mencionado aqui fazia parte da congregação de Israel segundo este verso. Não há como negar isso. Ele participa de ato sagrado e religioso. Veja o contraste com: Levítico 22:10 "Nenhum estranho comerá das coisas santas: nem o hóspede do sacerdote nem o jornaleiro comerão das coisas santas." Não cogitaria nem mesmo em pensamento o mencionar aqui estrangeiro gentio. O estrangeiro gentio sequer ousaria se aproximar do Templo Sagrado pois seria morto pelos guardas. Então estamos aqui já identificando esta classe de 'estarngeiros'. Mas dentro do povo de Israel, por que um pode comer e o outro não? Porque se trata de pessoas do nosso povo com status diferentes. A hierarquia sagrada instituída conforme a tribo perante as Leis de Yahuh Elohim (Números 3:45). Aqui está o 'estranho judeu', ou seja: Ele é identificado como: 'estranho ao serviço'. Mesmo sendo judeu, ele morreria se tentasse atuar em rebeldia fora de sua função no serviço sagrado. E a terceira classe deles é o: 'estrangeiro prosélito' ou convertido. Embora a palavra seja a mesma se nota que está falando de pessoas com graus diferentes de "status". O indivíduo estrangeiro de raça, mas convertido a religião do povo de lsrael tinha todos os diretos iguais ao natural; inclusive de fazer oferta no altar sagrado: (Lev. 22:17,18). Esta ação era acompanhada pelo sacerdote, visto fazer parte dos serviços sagrados diretos com a presença de alguém fora do serviço sacerdotal. Prática inconcebível a qualquer estrangeiro não convertido (ll Crônicas 26:16-20). Note que não há um único registro em todo o Tanah de algo assim; onde um estrangeiro pudesse fazer sacrifício ao Elohim de Israel. Note o registro de ll Crônicas 29:25 onde os convertidos continuam a serem chamados de 'estrangeiros', por se haverem convertido participaram por isso das festividades igualmente. Ou seja: como os judeus naturais. Interessante que Yahuh Elohim continua  identificando e chamando-os de: 'estrangeiros', um título que carregavam com orgulho pois tiveram a oportunidade de escolher 'serem servos' de Yahuh Elohim, e decidiram faze-lo; enquanto o natural não; ele nasceu judeu sem poder escolher. 

"Um mesmo estatuto haja para vós, ó congregação, e para o estrangeiro que entre vós peregrina." (Números 15:15). "Peregrino" porque veio de fora, não porque está de passagem. Israel peregrinou no Egito 430 anos, foi residente lá. O estrangeiro é peregrino porque também veio de fora mas está residindo permanentemente ali. Estar residindo não exime-o do título de: 'estrangeiro'. O Título de 'natural' ele nunca terá, pois não nasceu judeu. Nem mesmo após a conversão isso será possível.
Depois, que tipo de 'estrangeiro' teria um mesmo estatuto? Responda...! Estrangeiro tem estatuto? Até pode ter se for judeu. Ele é mencionado na Torá como: 'Peregrino entre vós.' Vejamos:
"E ajuntar-se-ão com eles os estrangeiros, e se sentirão ligados a casa de Yaacob" (Isaías 14:1). Aqui está o elo para entender. Sentir-se ligado, estar ligado de verdade não muda sua origem de estrangeiro, muda sim seu 'status espiritual'. Apesar disto ele continua sendo citado pelo Criador com dois títulos sinônimos: 'Peregrino' e: 'estrangeiro' entre vós. As vezes a Torá usa ambas as expressões juntas: "Estrangeiro peregrino entre vós." Se alguém quer contrariar as Escrituras ele não lerá todas as passagens, vai se aferrar as suas ideas superficiais e pronto. São pessoas que não estudam, mas mesmo assim querem ser "professores."  Mas se alguém, ler Josué 8:33 e 35, e anda não entender que o convertido ali é chamado de: 'povo de Israel' é porque não quer entender.

    Considerações do conceito: 'Estrangeiro':
 O Criador não teria motivo para privilegiar um 'estrangeiro', que não estivesse no pacto ou em 'vias de entrar nele'. Aqui não se está falando de qualquer 'estrangeiro', se está falando do estrangeiro de origem, pois não se queria esconder sua origem. Aqui se está falando do 'estrangeiro' que aceitou ou está aceitando as leis da Torá do Deus de Israel e seu Deus pois está dizendo: "Uma mesma lei haja para vós e o estrangeiro no meio de vós." Significando que adotavam a mesma adoração porém, mantendo naturalmente suas origens, sua nacionalidade. Um era judeu natural, e o outro convertido. Cada um é o que é, e nada se pode fazer quanto as origens de alguém. Devemos lembrar que embora o estrangeiro se converta e torne-se membro da congregação de Israel ele continuará para sempre identificado como 'estrangeiro', pois ele realmente o é e sempre será. Quando Elohim enfatiza: "Um mesmo mandamento haja para o estrangeiro", Ele está dizendo que o estrangeiro deve praticar a religião igual ao natural. E ao chama-lo de 'estrangeiro' está reconhecendo que ele é mesmo estrangeiro, e se Deus o está chamando de estrangeiro mesmo após a conversão é porque ele pode sim ser chamado assim, não há nada de errado nisso. Muito pelo contrário. Existe até um mandamento na Torá mandando respeitar e ajudar o convertido (Lev. 19:34 e Deut. 10:19). Nenhum convertido deve se envergonhar disso, pois estava sendo privilegiado por ser aceito nas mesma condições de igual para igual. Não entendo como alguns judeus podem não perceber algo tão nítido. Aqui Elohim repete o mandamento para que as diferenças sejam apenas no físico, na origem da raça e país, sim; mas que não deveria haver nenhuma diferença no tocante as práticas para as leis de Israel como nação e seus princípios espirituais. Normalmente ninguém gosta de esconder ou negar sua origem. Tanto a Torá quanto o Tanah identificam dois tipos de 'estranhos'. O judeu estranho ao seu ofício; exemplo: Um judeu de outra tribo será considerado um 'estranho' se porventura tentar oficiar como levita nos serviços do Templo. Está escrito: "O estranho que se chegar será morto". Este seria um judeu estranho ao serviço. A outra classe de 'estranho' é também mencionada e refere-se realmente aos gentios. Estes sequer poderiam participar de qualquer cerimônia religiosa e nem mesmo estar no pátio do Templo. Sua presença não era tolerado em qualquer evento religioso mais importante. A incircuncisão era e é ainda hoje uma característica do não judeu. E este só por isso não poderia estar presente a qualquer ofício sequer ao pátio do Templo. Não chegava nem perto pra ser mais claro. Todavia o 'estrangeiro' de outro povo e credo poderiam estar entre os de suas relações sociais e de amizade, negócios ou turismo; temos muitos exemplos na Torá e no Tanah deste tipo de relacionamento saudável, e por que não dizer importante e salutar. Assim um judeus poderia ser estranho a tribo ou ao ministério. Dependia da origem de sua tribo e de sua função. Um prosélito não é e não deixa deixa de ser 'estrangeiro' na conversão; este 'título' sempre o identificará. Embora ele venha a fazer parte do povo de Israel na conversão sua descendência não poderá ser apagada ou negada. Temos vários exemplos em todo o Tanáh. O sogro de Moshé mesmo depois de convertido continuou a ser identificado com o povo de onde veio.  O Próprio Criador usou o termo assim ao dizer: "O estrangeiro que estiver no meio de vós nas vossas gerações, e ele oferecer oferta queimada,... como vós fizerdes assim fará ele." (Deut. 15:14.) Se ele não estivesse já dentro do pacto não poderia oferecer ofertas. Em Levítico 17:10 ele seria retirado de Israel se comesse sangue, como poderia ser retirado, se não estivesse dentro, se não pertencesse ao povo? Se ele faz igual é porque tem a mesma adoração e segue os mesmos princípios religiosos, ou então não poderia faze-lo (Lev. 22:10). Assim mostra que eles, os estrangeiros estavam ativos em pé de igualdade entre os naturais. Estar no 'meio  nas suas gerações,' significa que aderiram ao pacto, mas sem perder a identidade, as origens. Ele não é um natural, porém, tem os mesmos direitos e deveres deste. Como já foi dito acima, embora ele seja identificado como 'estrangeiro' que aderiu ao pacto ele estava sujeito a ser expulso do povo caso quebrasse as leis da Torá, da mesma forma que o nascido e natural: (Levítico 17:8 e 9) "Tal homem será expulso de seus povos" (Povos aí é Tribos, seja ela qual for). Se ele é expulso do povo é porque estava dentro do povo, caso contrário não poderia ser expulso, e aqui está identificado como 'estrangeiro'. Não há como mudar isso. Ele nasceu estrangeiro, e sempre carregará este título, embora seja membro do povo hebreu. Quando o Criador manda que o judeu guarde o sábado diz: "Para que descansem tu, teu servo, tua serva , teu animal e o estrangeiro dentro dos teus portões" Vemos aqui novamente o Próprio Yahuh Deus usando a expressão: 'estrangeiro', que nada tem haver com 'estranho'. Uma vez que não se é um natural de Israel, se é um estrangeiro que aderiu ao pacto. Isto não diminui o estrangeiro, ao contrário, aumenta seu prestígio pois para este houve a escolha, enquanto que para o natural foi uma consequência o ter nascido judeu.  No mandamento o estrangeiro (o prosélito efetivado está mencionado aí, provando que mesmo durante o processo de conversão ele já devia obedecer todos os preceitos integralmente.) E o animal mencionado ? Ao mencionar que o animal deveria descansar, naturalmente era porque seu dono também descansava. Nos tempos biblicos o Shabat não só deveria ser guardado pelos judeus, mas por todos dentro do território judeu, pelo menos dentro dos muros da cidade. O estranho comerciante gentio no meio, no dia sagrado seria isolado e não teria com quem negociar; embora a lei não fosse para ele. Então ele ficava impossibilitado de trabalhar, e em respeito a religião dos seus negociadores e pra manter um espírito de amizade respeitava a atitude de seus anfitriões, claro. Assim com este exposto, não deixo dúvidas quanto a que o convertido era identificado como tal no meio de lsrael, e que isso não lhe causava nenhum constrangimento, muito pelo contrário. Causaria mal estar sim se negasse suas origens perante seus parentes naturais, que não adotaram a religião do Deus de Israel. Meu falecido amigo e professor Daniel, nunca aceitou nem entendeu isso. Motivo pelo qual me esmerei para elucidar este assunto. שלום לכולם


                             ESTA É UMA POSTAGEM DO BLOG: JUDAÍSMO BÍBLICO E HOJE.

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3 comentários:

  1. Ótimo assunto, assim que vejo um estrangeiro, esteja onde estiver, é dever adorar somente YHVH e guardar Seus mandamentos.

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