Qual propósito da existência humana?




Qual o Propósito da existência humana ?
                 COM BASE NAS ESCRITURAS SAGRADAS E REFLEXÕES PRÁTICAS.

Por: Benyamin ben Avraham.

(Breve esboço).

“Inclina o meu coração a Teus ensinamentos e não à cobiça. Que meus olhos sejam desviados das coisas que são vaidade, e que eu seja vivificado no Teu caminho.” (Salmos 119:36, 37). 

"E tomou YHVH Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar". (Gênesis 2:15).

   Esta pergunta os seres humanos fazem durante sua vida, e procuram incansavelmente pela resposta. Talvez por sermoslimitados na nossa compreensão tenhamos dificuldade em achar uma resposta. Qual o propósito de estar aqui? 'Ser útil para outros', você diria. E em troca os outros serão úteis para mim. Mas mesmo assim continuo sem resposta. Qual a vantagem desta troca ? Eclesiastes 4:9,10 parece nos dizer que o sentido de cooperação em grupo (ou em par), faz mais sentido. Ao não guardar barro para fazer uma parceira para Adam, (precisou fazer um adaptação, retirando-lhe uma costela), concluímos que a mesma não fazia parte dos planos originais do Criador, que Adam era uma obra prima única, e assim deveria continuar. Da mesma forma que os Anjos o eram, e igualmente não procriavam. É fácil perceber isso, é só ler o  verso 27 do cap. 01 de Gênesis: "E criou Deus o homem a Sua imagem; a imagem de Deus o criou; macho e fêmea os (o) criou." Singular. Na tradução o "plural" aí pode ser contestado, visto que o hebraico original não tinha vogais, e Eva ainda não havia sido criada. Muita coisa aconteceu do cap.  01 para o cap. 02 de Gênesis. Outra confirmação de que Eva não estava nos planos é a passagem do cap.2: verso 20 "...mas para o homem não se achava adjutora..." Se se procurou entre os animais, é porque se esperava que se encontrasse, e que Adam amasse tanto a criação de Deus que este detalhe de 'parceira igual' seria desnecessário.  Percebendo o comportamento do homem, e possivelmente seu descontentamento e tristeza por isso, Deus então faz uma mudança de plano: versos: 21,22,23. Ao querer se parecer e 'viver como os animais', acabou que Adam e a humanidade acabariam por ser também igual aos animais: Finitos nesta forma física. Abriu-se caminho para a mortalidade. Adam, a semelhança dos anjos era imortal. Esta abordagem do que éramos para o que passamos a ser, nos faz refletir. O ser humano tem o livre arbítrio para mudar os planos, pedir algo inexistente, fazer algo proibido, etc. Não foi legal. "porquanto és pó, e ao o tornarás." (Gên. 3:19). Naturalmente que acreditamos que todos as coisas criadas tem um propósito, mas como deve ser minha abordagem perante a vida, no seu início meio e principalmente no seu fim? Ao criar o homem Deus naturalmente lhe deu uma função: Cuidar do Paraíso e viver nele. 'Cuidar' é expressão que significa manter as coisas funcionando e vigiadas pois aparentemente havia pouco a se fazer. Mas só aparentemente. Adam tinha um mundo de delícias e maravilhosas descobertas para fazer. Mas a melhor parte de tudo isso era que ele poderia fazer isso por séculos afora até esgotar todas as perspectivas de novidade. Ele era eterno. O tempo não tinha efeito sobre ele. Adam não precisava procurar a fama, riquezas ou prestígio, ele era o mais famoso e o mais prestigiado.  Ele tinha tudo de que precisava. Ele tinha o amor e a atenção do Seu Criador e isso deveria lhe bastar. Mas Adam começou a olhar em volta, a se comparar. Olhando os casais de animais que tinham o: 'seu outro', e aí tudo começou. Lembramos um pouco o Israel que também queria um rei como as outras nações. Mas Israel já tinha Rei, não um rei humano, mas Seu Rei e Deus. Não foi só Israel que errou. É aqui que a maioria dos humanos erra quando não percebemos que não precisamos agradar ninguém, dando mais importância que a nosso Criador. Que valor tem a riqueza material de uma pessoa no verdadeiro sentido da existência humana se lhe falta o afeto, o carinho e a atenção das pessoas que  ama? Nos esquecemos muitas vezes que Ele nunca nos abandona, embora muitas vezes O abandonamos. Porque descobrimos assustados que as pessoas que mais amamos muitas vezes se esquecem da gente e não nos dão o devido valor. Será nossa existência uma disputa para saber quem tem mais inteligência para ganhar riquezas ou terá um propósito maior ? Até que ponto podemos dizer que a riqueza ajuda nossa existência diante do propósito a que fomos criados? Quais valores podemos encontrar em pessoas que  nos julgam e julgam os outros pelo que possuem e não pelo seu caráter e valores interiores? Muito provavelmente nada aprenderemos com pessoas assim. Adam tinha tudo, ele não precisava de companhia igual, ele era obra prima de Deus, e a companhia do Criador deveria lhe bastar. Ele foi criado só e só deveria ter ficado. Algo aconteceu que alterou os planos originais, o que exatamente não sabemos; apenas podemos falar de hipóteses, ideias, etc. a certeza desta afirmação está no fato de ter que retirar uma costela de Adam para criar Eva. Não foi um procedimento natural, ao contrário, foi bem antinatural como sabemos. Mas foi o que foi o que o Criador fez, e se Ele fez está feito, a mulher veio e arruinou a criação. Isso que dá pedir para o Criador mudar os planos, o que suponho que Adam fez. Muitas vezes não aceitamos os planos do Criador para nós, e com nosso livre arbítrio tomamos rumos diferentes, e por conta disso perdemos muitas bencãos que nos estavam reservadas. Mas quando somamos os acertos em nossas vidas sempre sobra alguma benção. É por isso que temos que  nos esforçar para melhorar nosso caráter diariamente, como parte deste plano de Deus de 'cuidar e melhorar' o mundo que nos deu. Muito provavelmente a resposta para nossa pergunta sobre o proposito de nossa existência só será plenamente compreendida no futuro, quando todas as peças do quebra cabeças estiverem sobra a mesa. Então ficaremos admirados ou decepcionados com nossa atuação. A história bíblica abaixo faz um: 'flach' desta ideia que estou falando.

A HISTORIA DE UM HOMEM RICO CHAMADO NABAL
As Escrituras nos falam de Nabal (l Samuel 25), um homem rico, que possuía muitíssimas ovelhas e um patrimônio invejável mas um temperamento terrivelmente egoísta. Nabal não ligava pra sentimentos de amor humano. Centrado em suas riquezas e no seu próprio bem estar e confiado neste aspecto de sua vida, ele valorizava tanto isso de ser rico e gastava tanto tempo com isso que acabou prejudicando o entendimento dos sentimentos muitíssimos mais importantes: Deus, família, a amizade a gratidão. Este último mas muito importante item Nabal não praticou.  Um acontecimento do passado havia sido esquecido por Nabal: a ajuda que recebera de David e seus homens. As Escrituras Sagradas nos contam que por um período de tempo significativo os homens de David por sua localização em seu acampamento nômade cuidaram espontaneamente das ovelhas de Nabal, nunca permitiram que ladrões e animais predadores prejudicassem o rebanho do vizinho e também irmão israelita Nabal, que por isso teve seu patrimônio preservado. Mas este favor, como não lhe custou nada foi logo aceito em seu coração ganancioso como lucro fácil, que foi bem aproveitado e infelizmente, esquecido. Nem precisamos dizer que este israelita não era religioso, pois se fosse este comportamento nem de longe passaria por sua cabeça. Um princípio judaico de ser generoso com não judeus sempre existiu, quanto mais com um irmão israelita que nos tenha prestado um favor. Passado algum tempo, numa situação em que os homens de David, famintos e necessitados de uma pequena bondade de Nabal nesta momentânea situação adversa. Nabal tosquiava fartamente suas ovelhas, e ao solicitarem que lhes fosse concedido pequeno quinhão deste banquete tiveram seu pedido negado, demonstrando a flagrante ingratidão para com aqueles que lhe foram leais no passado. Mal sabia este homem que além de desagradar e despertar a ira de David, já havia despertado a ira do próprio Deus com a sua insensata atitude. Como cada momento de nossa vida é avaliado pelo tribunal divino, Deus lhe pede o espírito no dia seguinte, impedindo, com a esposa sensata que David fizesse justiça com as próprias mãos. Para quem vai ficar tudo que Nabal adquiriu com tanto esforço? Até sua esposa agora não mais lhe pertencia. suas propriedades provavelmente passaram para seus filhos, e não podia mais desfrutar de nada.
RESUMO E LIÇÃO AMARGA: Quem tudo quer tudo perde, é um ditado popular. Estamos acostumados a nos preocupar em não desagradar outros seres humanos para que porventura não tenhamos prejuízos, perda de status, atenção, admiração, etc. Estamos acostumados a ver pessoas "generosas", mas sempre esta generosidade é algum tipo de 'suborno', esperando algo em troca. Nos doamos de corpo e alma aos nossos, e esperamos que eles também nos amem no mesmo nível, mas nos decepcionamos quando percebemos que e reciprocidade não existe. Não devemos esperar nada em troca se amamos de verdade. Embora isto pareça não natural, nem sempre a culpa por não "retribuírem como deveriam" sua dedicação é sua. Não podemos fazer nada quanto a isso, a não ser nos conscientizarmos de nosso valor e dosarmos mais equilibradamente nosso empenho para tal pessoa. A mídia tem o costume de ditar as normas. Não ouça a mídia ! A mídia atual cria na mente feminina desde muito cedo que homem de verdade é aquele que tem o carro maior e mais caro, que frequenta a alta sociedade e que possui muito dinheiro. Tudo ligado a aquisição da matéria e riqueza para desfrute presente e imediato. E os outros valores ? Auto conhecimento, equilíbrio,  paz interior, e caráter ? Haveria prazer maior do que encontrar sua alma gêmea que pensa como você, que acredita nas mesmas coisas que você que queira estar o tempo todo como você ? Uma pessoa com uma mente capaz de suplantar o tempo e o espaço na avaliação dos valores sentimentais, muito, muito acima dos prazeres que o material pode oferecer. Dois versos bíblicos falam da raridade da existência deste ser: (Provérbios 31:10; Eclesiastes 7:28). Será esta vida apenas avaliada por valores externos de luxo e ostentação? Se mudanças fortes não forem feitas por educadores no mundo todo para mudanças no conceito destes valores, principalmente no conceito das mães a suas filhas, em duas ou três gerações nosso mundo absorverá irremediavelmente o conceito puramente materialista em 100 % mesmo nos poucos corações  piedosos ainda existentes. Uma ausência total de sentimentos verdadeiros, mas inteiramente taxáveis de preço, a disposição de quem puder pagar mais. 
 O que dizem as Escrituras sobre este assunto ?

Melhor é o pobre que anda na sua integridade do que o de caminhos perversos ainda que seja rico. (Provérbios 28:6). 


Quer dizer que o melhor é ser pobre ? Claro que não. Não é o ter ou não ter que interfere no caráter de uma pessoa inteligente. Então o que é melhor ? O melhor é agir com equilíbrio. A condição que o escritor de provérbios desejou é esta: “... não me dês nem a pobreza nem a riqueza, mantém-me do pão da minha porção diária acostumada; para que porventura de farto Te negue e diga: Quem é o Senhor ? ou que, empobrecendo seja forçado a furtar, e lance mão do nome de Deus.” (Provérbios 30:8,9). Ter riquezas não é ruim, o ruim é quando a riqueza lhe domina, lhe toma todo o tempo e lhe consume toda energia, tornando-o escravo dela. Quando você não consegue mais viver sem ela, quando seus valores ultrapassam a realidade, parecendo superiores aos outros valores, que não podem ser comprados. Então embora você tenha muito, não terá tempo para desfruta-la, e se tiver o tempo será pouco porque a riqueza lhe tomará de certa forma sua "liberdade" entre aspas. Seus cuidados para não perder a riqueza poderá lhe tirar o sono, roubando sua verdadeira paz.  Assim que quem não tem “tanto assim”, possui mais tempo para percepção do que é mais conveniente e do mais importante podendo perceber outros valores que não apenas as comodidades e os bens materiais. São poucos (se é existem), os que são muitíssimo ricos, que conseguem enxergar direito estes valores. Existem três versículos no livro de Provérbios que estão ligados entre si por sua sabedoria e são inseparáveis:
“O resgate da vida de cada um são suas riquezas, mas o pobre não ouve as ameaças.”
Algumas pessoas tem riquezas de maneira desonesta : “A luz do justo alegra, mas a lâmpada dos ímpios se apagará.”
“ Da soberba só provém a contenda, mas com os que se aconselham se acha a sabedoria.” (Prov. 13:8,9,10).
Os dois primeiros dispensam comentários, mas o terceiro explica tudo. Quem normalmente é soberbo? R: O Rico. O que dá motivo para contendas ? R: As riquezas. Quem geralmente é tão “sábio” e dificilmente aceita conselho fugindo da sabedoria ? O rico. Está escrito:. O pobre fala com rogos, mas o rico responde com dureza.” (Prov. 18:23). Não que um rico não possa ser justo ou sábio, nem que seja necessário ser pobre para se ser justo, não é isso. Mas a incidência é maior no primeiro grupo que no outro. Em Eclesiastes tem uma pergunta que nos faz refletir: “...que mais tem o pobre que sabe andar perante os vivos ?” (Eclesiastes 6:8).  Ou seja, mesmo sendo “pobre” se pode se saber viver e ser feliz. Não me refiro a pobreza extrema, a que aflige, me refiro ao fato de não se ser “rico” e ser possuidor de sabedoria para ter uma vida boa. Relativamente confortável em todos os aspectos. Eu não preciso trocar de carro todo ano para ser feliz, e nem ter que viajar para o exterior duas vezes por ano para me considerar alguém realizado. Não! Posso ser feliz com muito menos.
  Nos esquecemos de que nenhum prejuízo pode ser maior do que a perda da saúde ou da própria vida, um dom dado pelo Criador, sem a qual nada, absolutamente nada pode ser desfrutado. Uma moto cara e potente pode ser objeto de desejo do jovem, mas 10 segundo de desatenção com sua potencia máxima no motor pode lhe custar a vida. E aí ?  (Eclesiastes 3:13 e 5:19). O que estas pessoas cegas pela ganancia e manipuladas pela mídia consumista muito frequentemente fazem é: ‘Quem tem é, quem não tem não é’. Mas este é um grasso erro, pois as riquezas nada acrescentam aos valores espirituais e éticos de uma pessoa, e não são em si só garantia de felicidade. As riquezas não tem poder de interferirem no verdadeiro caráter de alguém verdadeiro, pois se esta (riqueza) alterá-lo, provado está que não tem caráter. A pessoa que busca os verdadeiros valores é relativamente desapegado e sempre ajuda quando lhe solicitam se tem poder para isso, mesmo que não seja muito o que tem. Provérbios diz: “Ao que é generoso mais lhe é dado, mas o que nega sua generosidade, mais se lhe será tirado.” (Provérbios 11:24). Não é preciso ser rico para se ser generoso. O rico dá muito porque tem muito, o outro dá menos porque tem menos, então ambos estão fazendo igualmente sua parte. Os bens são apenas o veículo para se alcançar o mais elevado; virtudes interiores de paz e felicidade, de amor e sentimentos verdadeiros  e duráveis. Deus tirou a coisa mais importante que Nabal tinha só porque ele não quis compartilhar o menos importante: o material. Nos dias de hoje as pessoas fazem isso o tempo todo; trocam o menos importante pelo mais importante, o que é real e seguro pelo banal e incerto. Trocam a sinceridade e um sentimento verdadeiro pelo brilho do ouro que não é seguro e pode deixar de ser real de repente.  Os jovens hoje trocam a companhia dos pais pela dos amigos (as), do parceiro pelas amizades, a paz e a tranquilidade de seu lar pelas 'baladas infernais'.
A história de Nabal não poderia ser mais atual.
Na grande maioria dos grupos sociais hoje, palpita a preocupação de ganhar, e o espírito de lucro alcança os setores mais inusitados. Meninos mal saídos da primeira infância, mostram-se inteiramente materialistas, pois jamais ouviram que hajam outros valores. No mundo em que vivemos existe uma discrepância interpretativa do que é primordial a existência humana. Fala-se de valores espirituais, mas vive-se na prática o tempo todo falando de valores materiais. Fala-se de amor verdadeiro, mas se valoriza muito um que tem sua avaliação num anel de diamantes, quanto maior o anel tanto maior o “amor”. Pessoas com a mentes brilhantes e um coração sincero e verdadeiro, são trocadas por outras não tão “sinceras” e nem tão “verdadeiras”, pelo simples fato de terem mais riquezas. Qual destes dois grupos porém, tem mais chance de alcançar a verdadeira felicidade neste curto período da vida humana ? O grupo que cuidou desfrutar plenamente os bens materiais, mas estando desprovida porém dos aspectos do verdadeiro e sincero sentimento do coração descuidou de tudo mais ? O que acontece a estas pessoas quando privadas de repente por algum imprevisto e ficam sem sua “muralha riqueza” ? Ou será mais feliz e bem aventurado o grupo que não seja tão rico, ou talvez até quase sem riqueza, mas que desde sempre se preocupou com o aspecto espiritual a sinceridade do coração e seus sentimentos de valor na construção de um ambiente saudável a sua volta? Entenda que não estou dizendo que riqueza seja mal, mas o mal está em se pôr a riqueza como principal, em substituir um sentimento verdadeiro, por um outro qualquer, porém “bem comprado”. Em se associar riqueza com felicidade, riqueza como valores primordiais a felicidade, que alguém que não seja rico não lhe poderá fazer feliz, ou não pode alcançar ser feliz. É aceito de um modo geral no judaísmo, que uma pessoa desprovida de total apoio dos bens e sustento, em condição de miserabilidade é uma pessoa sob maldição. este fato  não se pode contrariar, pois que se não tenho onde morar e nem o que comer, como posso pensar que sou abençoado ? Porém as pessoas que possuem saúde, sua família, trabalho, morada mesmo que modesta, e o mínimo de seu digno sustento deveriam sempre se mostrar gratos. A reflexão pouco percebida nestas pessoas é que elas se estão onde estão, é porque estão onde conseguiram, e se não conseguiram mais muitas vezes não é porque lhes foi negado mais, e sim porque não se esforçaram mais ou talvez porque se acomodaram. É preciso tentar saber onde se está errando. Ou então, porque mesmo inconscientemente estão satisfeitas como estão. Então sua situação não mudará, é uma lei cósmica universal e natural.  Outra hipótese é o parceiro. Quando a pessoa após o casamento verifica que a pessoa com que se casou não era nada daquilo que pensava, uma frustração inconsciente altera no cérebro o motivador, desmotivando a coragem para arriscar, fazendo sempre que você escolha o mais o mais fácil e cômodo, visto que a motivação motriz do coração está decepcionada. Assim  pensando que repetirá o erro não tentará ser feliz com mais ninguém, mesmo que perceba que a pessoa certa apareça diante de si. Desta forma uma boa parcela da população mesmo decepcionada se perguntada dirá que se dão por satisfeitas com as bênçãos recebidas, que estão contentes com o que tem. Financeiramente, pode ser que sim, mas sentimentalmente uma grande parcela mente a este respeito, pois neste aspecto as coisas não são tão simples como trocar de carro ou casa. Outras, afirmam que agradecem o que tem, mas se esforçarão para alcançarem este e aquele objetivo, etc. As únicas que nunca alcançarão nada são as que culpam os outros pelo que elas não foram, as que nunca se mostram gratas, e que vivem cobrando de seus cônjuges e dos que a rodeiam algo pela qual elas mesmas nunca contribuíram para alcançar, pedindo de volta o que elas mesmas nunca deram. A esposa pode dizer: "Estamos 22 anos casados e você nunca me levou para uma viagem ao exterior!" Será que ela abriu mão de alguma coisa para ajudar a economizar para  realizar esta viagem ?  Exigem do outro uma obrigação de ganhar mais do que ela(e) e então ficam exigindo algo do qual nada fizeram para merecer. Muitos destes casais acabam se separando, embora alguns deles acabam voltando a ficar juntos algum tempo depois. As pessoas deveriam buscar nas Escrituras Sagradas a resposta para as indagações que fazem para o propósito de sua existência, muito mais que sua busca por profissionais da mente. Deveriam saber que a riqueza por si só não é garantia de êxito, pois o número de suicídios é mais alto entre o ricos. Para não me alongar mais, gostaria de terminar com as passagens bíblicas:  “A sabedoria fortalece ao sábio mais do que dez governadores que haja na cidade.” (Eclesiastes 7:19). "A bênção de YHVH é que enriquece, e esta não acrescenta dores." (Provérbios 10:22).
Qual o propósito da existência humana ? Principalmente alcançar este nível e tipo de equilíbrio e sabedoria, um auto conhecimento que lhe faça feliz com as coisas simples. Isto pode ser alcançado, basta buscarmos, desejarmos bem profundo que se realizará. 



                        ESTA É UMA POSTAGEM DO BLOG: O JUDAÍSMO BÍBLICO E O JUDAISMO HOJE.

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